Apesar dos rumores de que uma
nova paralisação nacional de caminhoneiros pode ser deflagrada nesta
segunda-feira (16), ainda não há sinal de que o movimento paredista aconteça em
Pernambuco. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), não há registros de
piquetes, nem obstrução rodovias federais do Estado.
Assim como em 2018, quando, em 21 de maio, os
caminhoneiros iniciaram uma paralisação que durou 11 dias, a
mobilização começou a circular em grupos de WhatsApp nas últimas semanas. Apoiado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e
Logísticas (CNTTL), instituição ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT),
o movimento atual, porém, está completamente dividido em relação a uma nova
greve.
No dia 8 de dezembro de 2019, uma das lideranças dos caminhoneiros
autônomos, Marconi França, afirmou que a categoria iria realizar uma
paralisação nesta segunda (16). Em vídeo gravado na sede da Central Única dos
Trabalhadores (CUT) do Rio de Janeiro, França falou que mobilização iria
"parar o Brasil". Apesar disso, lideranças que participaram da paralisação
em 2018, comentam que o movimento para a greve dos
caminhoneiros de 2019 está sendo puxado pela
esquerda com o objetivo de atrapalhar o governo Jair Bolsonaro e que, por isso,
a categoria não irá aderir com o mesmo peso.
Entre as pautas da mobilização está a publicação do novo Código
Identificador da Operação de Transportes (Ciot), ferramenta que vai ajudar a
fiscalizar e punir empresas que têm contratado caminhoneiros com preços abaixo
do mínimo estabelecido na tabela do frete. De acordo com a categoria, a Agência
Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) se comprometeu a publicar o Ciot na
terça-feira (17).
Piso do frete
Outra reivindicação é o reajuste do piso mínimo do frete, o que, segundo
Chorão, já tem o compromisso do governo de ser feito em 20 de janeiro do ano
que vem. Sua expectativa da classe é que esse aumento fique entre 14% e 18%.
Outras negociações estão em andamento ainda para tratar do preço do diesel.
Em junho de 2019, quando os caminhoneiros ameaçaram uma nova
paralisação, o governo Bolsonaro iniciou um diálogo aberto com algumas
lideranças da categoria. Na época, por
meio de um telefonema, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas,
anunciou a suspensão de uma nova tabela para cálculo do piso do frete
rodoviário pela Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT). (Via: Jc Online)
Blog: O Povo com a Notícia