Após uma semana com pelo menos
três novos recordes de mortes por causa do novo coronavírus em 24h, o Brasil
registrou neste sábado (6) 904 novas vítimas. O total, desde que o vírus passou
a circular no País, é de 35.930. O número de infectados também cresceu,
passando de 645.771 para 672.846 casos. O número pode ser maior, sobretudo nos
casos, já que o País é um dos que tem os menores índices de testagem do mundo,
limitando os exames no sistema público a casos graves e profissionais da saúde
e da segurança.
Na última
quinta-feira (4), exatamente cem dias após a confirmação do primeiro caso no
País, o Brasil registrou 1.473 mortes em 24h, o equivalente a mais de uma morte
por minuto. O Brasil já superou a Itália em número de mortos e é o terceiro
país do mundo com mais vítimas, atrás apenas dos EUA e do Reino Unido. Em
número total de casos confirmados, o Brasil é o segundo mais afetado do
planeta, atrás dos Estados Unidos.
A última semana foi marcada por tentativas do governo federal de mitigar o impacto do número de casos e de mortes no País, passando a restringir o acesso público aos dados sobre a doença. O portal do Ministério da Saúde que reunia as informações ficou fora do ar por mais de 24h.
A última semana foi marcada por tentativas do governo federal de mitigar o impacto do número de casos e de mortes no País, passando a restringir o acesso público aos dados sobre a doença. O portal do Ministério da Saúde que reunia as informações ficou fora do ar por mais de 24h.
No fim da tarde deste sábado, o
site voltou a funcionar, mas já não apresentava mais o total de vítimas da
Covid-19 nem o total de casos confirmados, apenas estatísticas diárias. O
aplicativo da Pasta também deixou de exibir o ícone "situação", por
meio do qual era possível saber o número total de vítimas e de pessoas
infectadas. Além disso, em pelo menos duas ocasiões, os dados sobre a pandemia,
que costumavam ser compartilhados diariamente por volta das 19h, foram
divulgados por volta das 22h.
Especula-se que a razão seria uma tentativa de evitar que o Jornal Nacional, exibido pela TV Globo, noticiasse as informações. Ao ser questionado, o presidente Jair Bolsonaro não confirmou ter dado ordem para a mudança de horário, mas disse que "acabou matéria no Jornal Nacional" e defendeu a divulgação tardia. "Não interessa de quem partiu [a ordem para modificar o horário], é justo sair às 22h, é o dado completamente consolidado. Muito pelo contrário, não tem que correr para atender a Globo", disse. (Via: Folhapress)
Especula-se que a razão seria uma tentativa de evitar que o Jornal Nacional, exibido pela TV Globo, noticiasse as informações. Ao ser questionado, o presidente Jair Bolsonaro não confirmou ter dado ordem para a mudança de horário, mas disse que "acabou matéria no Jornal Nacional" e defendeu a divulgação tardia. "Não interessa de quem partiu [a ordem para modificar o horário], é justo sair às 22h, é o dado completamente consolidado. Muito pelo contrário, não tem que correr para atender a Globo", disse. (Via: Folhapress)
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