Preso nesta quinta-feira (18) em
Atibaia,em São Paulo, Fabrício Queiroz estava
sem advogado desde dezembro do ano passado, quando Paulo Klein deixou sua
defesa. Neste mês, contudo, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro contratou
Paulo Emílio Catta Preta, experiente defensor de Brasília que atuou
recentemente para Adriano Magalhães da Nóbrega, miliciano do Rio morto em
fevereiro. "Capitão Adriano", como era conhecido,
também tem ligação com o esquema de
rachadinha no gabinete do filho de Jair Bolsonaro.
Catta
Preta está no Rio, na cadeia de Benfica, onde Queiroz ficará preso. Eles
conversam pessoalmente, pela primeira vez, no início desta tarde.
— A família me procurou no início do mês, estava preocupada por ele estar sem
advogado — explicou o advogado ao Estadão, pouco antes de Queiroz chegar ao
local.
O
defensor ainda não estudou a fundo os autos do caso, que desde 2018 é tocado
pelo Ministério Público do Rio.
Miliciano morto tinha relação com
Queiroz e Flávio
Adriano
foi morto em fevereiro deste ano pela polícia da Bahia, no município de
Esplanada. Era apontado por investigadores do Rio como chefe do Escritório do
Crime, grupo de pistoleiros da milícia na zona oeste da capital fluminense.
Quando ainda era policial militar – chegou a ser capitão do Bope –, Adriano
trabalhou com Queiroz no batalhão de Jacarepaguá, também na zona oeste. Eles
respondem juntos a um homicídio registrado como "auto de
resistência".
No caso
da rachadinha, Adriano está ligado a Flávio por meio da mãe, Raimunda Veras
Magalhães, e a ex-mulher, Danielle da Nóbrega. Em mensagens de WhatsApp obtidas
no âmbito da investigação sobre a milícia, o Ministério Público do Rio
constatou que Adriano se beneficiava do esquema na Assembleia Legislativa.
Ele afirmou à ex-esposa que "também contava" com
o que vinha do dinheiro da Assembleia.
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