O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quarta-feira (6) que o ministério da Saúde suspendeu a compra de seringas "até que os preços voltem à normalidade".
Segundo o mandatário, os estados e municípios têm estoques do material para o início da vacinação contra a Covid-19.
Na semana passada, o ministério fracassou na primeira tentativa de comprar
seringas e agulhas para a imunização.
Das 331 milhões de unidades que a pasta tem a intenção de comprar, só conseguiu
oferta para adquirir 7,9 milhões no pregão eletrônico. O número corresponde a
cerca de 2,4% do total de unidades que a pasta desejava adquirir.
"Como houve interesse do Ministério da Saúde em adquirir seringas para seu
estoque regulador, os preços dispararam e o MS suspendeu a compra até que os
preços voltem à normalidade", escreveu o presidente em uma rede social.
"Estados e municípios têm estoques de seringas para o início das
vacinações, já que a quantidade de vacinas num primeiro momento não é
grande", acrescentou.
A compra de seringas e agulhas costuma ser feita por estados e municípios.
Durante a pandemia, porém, o ministério decidiu centralizar estes insumos.
Após o fracasso na primeira tentativa de compra, o governo federal restringiu a
exportação de seringas e agulhas.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o governador Wellington Dias (PT-PI)
disse que um levantamento feito pelos secretários estaduais e municipais de
Saúde mostra que há seringas em estoque para aplicar cerca de 40 milhões de
doses da vacina, o que daria para cobrir a primeira fase da imunização.
"O ministro Pazuello diz
que começar no dia 20 [de janeiro] é uma previsão otimista. Com a importação da
Índia e o registro da Coronavac nos próximos dias, digo que essa data é
perfeitamente possível", afirmou.
Os governadores pressionam o ministério da Saúde a marcar uma data para o
início da vacinação nacional.
Dias quer fazer nova reunião dos governadores com Eduardo Pazuello (Saúde),
representantes da Anvisa, dos laboratórios, o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEMRJ), e também integrantes do STF na próxima segunda (11) para definir
um cronograma. (Via: Folhapress)
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