A maneira como Ciro Gomes e os petistas mergulharam na infantil polêmica do leite condensado na última semana reforçou no Planalto a visão de que não há, até aqui, projeto político capaz de capturar a atenção do grande eleitorado e ameaçar a reeleição de Jair Bolsonaro em 2022.
“Ciro, que se diz um candidato sério, foi ao STF com isso. Estão perdidos”, diz um ministro sem se identificar à Revista Veja.
No início do mês, a coluna Radar mostrou que os partidos de esquerda entraram em 2021 articulando uma possível união de forças para colocar de pé uma candidatura competitiva no próximo ano. PDT, PSB e PCdoB tentariam atrair o PSOL e lançar o barco na água deixando o PT isolado.
A falta de projeto claro de país, com um nome que consiga dialogar com o eleitorado insatisfeito com os impressionantes erros de Bolsonaro até aqui, é o principal problema na oposição. “A única plataforma da esquerda, até este momento, é surfar nas reportagens da imprensa e bater em Bolsonaro nas redes. Não há produção intelectual própria, não há um líder tentando desviar o curso do rio, infelizmente”, reconhece um cacique da oposição.
Pesquisas divulgadas na última semana mostraram que Bolsonaro lidera a corrida presidencial para 2022, apesar de ter cometido todos os erros que cometeu durante a pandemia.
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