Uma equipe da Organização Mundial da Saúde (OMS) foi enviada até à China para investigar as origens do novo coronavírus que já matou, só no Brasil, mais de 197 mil pessoas, mas, de acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, os dois cientistas que já haviam deixado seus países de origem com direção a Wuhan, cidade onde surgiram os primeiros casos da doença, foram barrados pelo governo chinês que alegou problemas nos vistos dos profissionais.
"Estou muito desapontado com essa notícia. Estive em contato com altos funcionários chineses e mais uma vez deixei claro que a missão é uma prioridade para a OMS e a equipe internacional. Tenho mantido contato com altas autoridades chinesas e, mais uma vez, deixei claro que a missão é uma prioridade para a OMS", disse Tedros em entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, nesta terça-feira.
Os primeiros casos do novo coronavírus foram identificados em Wuhan, onde houve o primeiro surto da doença. De lá, os casos se espalharam pelo mundo. À época, foi especulado que os casos estavam relacionados ao consumo de animais em um mercado. Os cientistas ainda não conseguiram comprovar se o vírus veio de algum animal. A ida dos cientistas até à cidade é importante para comprovar a origem do vírus e traçar estratégias de combate à doença.
No Brasil, por vezes, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sustentaram teorias da conspiração de que o "vírus chinês" foi fabricado com o interesse de uma dominação da economia global. O próprio presidente já usou o termo "vírus chinês" para falar sobre a Covid-19.
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