O ministro da Economia, Paulo Guedes, estabeleceu nesta terça-feira (26) duas condições, mesmo que remotas, para o retorno do auxílio emergencial. A última parcela do benefício foi pago em dezembro do ano passado.
Segundo o ministro, novas parcelas podem ser pagas à população caso o número de mortes por coronavírus continue em alta no país e se o governo federal fracassar na vacinação da população. Caso seja recriado, o benefício será aprimorado.
"Se a pandemia se agravar e continuar 1.500 mortes por dia, a vacina não chega, se falhássemos miseravelmente nas vacinas... O que não acredito [que vá ocorrer] porque o ministro [da Saúde] tem capacidade logística, temos, e o presidente agradeceu, a Anvisa, o [Instituto] Butantan, [a Fundação] Oswaldo Cruz, as Forças Armadas", disse.
"Quer criar o auxílio de novo? Tem que ter muito cuidado, pensar bastante. Se fizer isso, não pode ter aumento automático de verbas para educação e segurança pública, porque a prioridade passou a ser a guerra [contra a Covid]. Pega as guerras aí para ver se tinha aumento de salário, se tinha dinheiro para saúde e educação. Não tem, é dinheiro para a guerra", completou Guedes.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que sofre pressão política para a renovação do auxílio, negou a continuação do benefício durante conversa com apoiadores nesta segunda-feira (25), no Palácio da Alvorada. Ele lembrou sobre a capacidade de endividamento do país está "no limite" e lamentou o fato de "muita gente passar necessidade".
Segundo a Caixa Econômica, 67,9 milhões de pessoas receberam o benefício, esse número representa 4 em cada 10 brasileiros em idade de trabalhar. Destes, 19,2 milhões estão inscritos no Bolsa Família.
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