Os governadores nordestinos tomaram a iniciativa de negociar por conta própria, como fez o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com a Coronavac
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recebeu pedidos de autorização excepcional de importação e distribuição da vacina russa Sputnik V.
A agência reguladora disse que os pedidos foram feitos
durante a semana separadamente por nove estados. Eles foram encaminhados pelos
governadores de Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Piauí,
Ceará, Pernambuco e Sergipe.
Para que a Anvisa possa tratar os pedidos de importação e
esclarecer aspectos técnicos relevantes, foi proposta reunião de trabalho entre
os cinco diretores da agência e os governadores. O encontro deve ocorrer na
próxima semana.
“A Anvisa permanece comprometida com a disponibilização de
vacinas à população em tempo oportuno e com a devida segurança, qualidade e
eficácia. Assim, segue atuando conforme os procedimentos científicos e
regulatórios necessários à autorização desses produtos.”, disse em nota.
A assessoria de comunicação do governo do Piauí disse, em
nota, que esses pedidos de importação são referentes ao contrato realizado
pelos governadores do Nordeste com o Fundo Russo de Investimento Direto para a
aquisição de 37 milhões de doses.
Os governadores nordestinos tomaram a iniciativa de negociar
por conta própria, como fez o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com a
Coronavac, no ano passado.
“Os estados do Acre e de Mato Grosso fizeram contrato com o
consórcio do Nordeste para entender como participar da compra”, disse a
assessoria em nota.
O Ministério da Saúde prometeu custear o contrato fechado
pelos governadores do Nordeste e que as vacinas serão incorporadas no PNI
(Programa Nacional de Imunizações).
A Sputnik V ainda não teve o uso emergencial e o registro
definitivo aprovados pela Anvisa. A agência suspendeu o prazo de análise do
pedido de uso emergencial devido à falta de parte dos dados exigidos para a
avaliação.
O pedido havia sido solicitado na sexta (26) pela União
Química, que tem uma parceria com o Fundo de Investimento Direto da Rússia. A
empresa busca o aval para o uso de 10 milhões de doses adquiridas pelo
Ministério da Saúde no início deste mês.
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