O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta quinta-feira (07), que o Brasil deve enfrentar "problemas de abastecimento" no ano que vem.
Ainda segundo Bolsonaro, diante do cenário a SAE
(Secretaria de Assuntos Estratégicos) está concluindo a elaboração de um plano
emergencial de fertilizantes. A crise energética chinesa vem obrigando o
país asiático a promover apagões programados por falta de capacidade de
geração.
O quadro na segunda maior economia do mundo deve
ter impactos sobre o Brasil, sendo que os primeiros efeitos já estão sendo
sentidos. O agronegócio enfrenta maior dificuldade para comprar defensivos e
fertilizantes e o setor de mineração vê as cotações internacionais em queda. O
setor de energia, por sua vez, é afetado pelos preços recordes do gás natural.
Interlocutores no governo que acompanham o tema
dizem que a previsão é que a crise energética chinesa tenha impactos sobre a
produção agrícola brasileira. No entanto, eles afirmaram, sob condição de
anonimato, que no momento não trabalham com um cenário de desabastecimento.
Estão sendo estudadas -dizem interlocutores-
para diminuir os efeitos da possível falta de fertilizantes e defensivos
agrícolas.
Mais tarde, durante sua live semanal, Bolsonaro
voltou ao tema.
"Como deve faltar fertilizante, por falta
de oferta no mercado, ele [o produtor rural] vai plantar menos", disse
Bolsonaro.
"Se vai plantar menos, vai colher menos.
Menos oferta, a procura igual ou um pouquinho maior, [tem] aumento de preço.
Isso é para o mundo todo".
No mesmo discurso no Planalto, Bolsonaro afirmou
que conversou novamente com o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e
Luna, sobre o preço dos combustíveis.
Ele também tratou da inflação como um problema
que tem afetado outros países, citando o aumento dos preços dos combustíveis e
do gás.
"Pedi agora uma pessoa nossa que trabalha nos Estados Unidos, no
Itamaraty, ir nos mercados -bem como alguns embaixadores da Europa também-
mostrar o que está acontecendo. Lá [no exterior], não é apenas inflação, está
havendo desabastecimento", disse. (Via: Agência Brasil)
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