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sábado, 23 de julho de 2022

Bolsonaro diz não temer ações em série na Justiça e fala em continuar fazendo a mesma coisa

Em evento com evangélicos em Vitória (ES), o presidente Jair Bolsonaro reagiu neste sábado (23) a uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo que mostrou que ele deve enfrentar ações em série na Justiça comum caso não se reeleja.

Na Presidência, Bolsonaro só pode responder a processos penais que tenham relação com o mandato. A reportagem, publicada na sexta (22), mostrou que, caso perca o foro especial, ações contra ele poderão ser movidas por procuradores ou promotores pelo país. A realização de motociatas e declarações sobre a pandemia já motivaram procedimentos na Justiça contra ele, com liminares negadas.

Neste sábado, Bolsonaro afirmou: "Hoje tá na imprensa, segundo um grupo meu, tá na imprensa, ameaças à minha pessoa. Se eu perder o mandato, poderei ser preso por até cem anos pelos ataques à democracia. Eu não dou recado a ninguém. Se querem dar recado a mim, não vai surtir efeito. Vou continuar fazendo a mesma coisa".

A seguir, disse que tem "a obrigação moral, até com o sacrifício da própria vida" de não deixar que o país perca a liberdade.

No discurso, o presidente associou o seu principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à liberação das drogas e afirmou que não vai indicar nenhum "abortista" para o Supremo Tribunal Federal, caso vença.

Também defendeu suas atitudes na pandemia da Covid-19 e afirmou que foi o único chefe de Estado com uma opinião sobre o assunto. Sua condução da crise à época motivou a instauração de uma CPI no Senado, que pediu seu indiciamento em 2021.

"Quem não se preocupava com pobres é quem usou a força para mantê-los dentro de casa", disse, em crítica a prefeitos e governadores.

Bolsonaro também falou sobre a redução no preço dos combustíveis e mencionou o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Em um aceno ao eleitorado feminino, que é um dos segmentos da sociedade onde tem mais alta taxa de rejeição, o presidente falou sobre a titulação de propriedades rurais.

"Homem só recebe título comigo se for viúvo ou solteiro. Se casado ou união estável, quem ganha é a mulher. A mesma coisa quando se fala do Auxílio Brasil."

Na visita ao Espírito Santo, Bolsonaro também promoveu uma motociata. ("Homem só recebe título comigo se for viúvo ou solteiro. Se casado ou união estável, quem ganha é a mulher. A mesma coisa quando se fala do Auxílio Brasil."

Na visita ao Espírito Santo, Bolsonaro também promoveu uma motociata. (Via:Folhapress)

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