A prisão foi prorrogada por mais cinco dias, a contar a partir desta quarta-feira (27), a pedido da Polícia Federal e com a anuência do Ministério Público Federal. Moraes ainda pode, ao fim desse período, transformar a prisão temporária em preventiva (sem tempo determinado).
Nesse vídeo, ele volta a convocar pessoas para invadir o Supremo no Sete de Setembro e ataca mais um ministro, Dias Toffoli, além dos outros oito que havia ofendido anteriormente.
O ministro afirma que, diante desse quadro, é necessário que "a autoridade policial avance na análise do material apreendido e na elucidação das infrações penais atribuídas à associação criminosa em toda a sua extensão".
Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, 46, foi preso na última sexta-feira (22) pela Polícia Federal em Belo Horizonte, após resistir à prisão. Ele havia sido candidato a vereador da capital mineira em 2020, sob o nome Ivan Papo Reto, pelo PSL (hoje, União Brasil). Teve 189 votos.
Além da prisão, Moraes determinou a busca e apreensão de "armas, munições, computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos" em poder de Boa Pinto.
Na ação policial, no entanto, foram apreendidos apenas um celular e um notebook.
Moraes também determinou ao Twitter, ao YouTube e ao Facebook que bloqueiem as redes sociais do ex-candidato e que o Telegram bloqueie um grupo que ele administrava.
Antes da decisão, a advogada de Ivan Rejane, Amanda Rodrigues Alves, tinha solicitado a revogação da prisão sob a justificativa de que as falas de seu cliente "foram ditas em um momento de ira com a situação jurídico política vivenciada no país, o que por si só afasta o dolo específico necessário à configuração da grave ameaça".
"Mas, não bastasse isso, não há nos dizeres acima colacionados qualquer ameaça apta a configurar um mal injusto e grave passível de concretude, afinal, qual a grave ameaça ao dizer: 'vamos pendurar vocês de cabeça para baixo' ou 'vamos começar a caçar você'? Qualquer das duas frases não trazem em si uma expressão que por si só apresenta um objetivo certo, determinado, mas meras alegações vazias, sem qualquer plausibilidade."
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