Na mira do Supremo Tribunal Federal (STF), Jair Bolsonaro avalia que só conseguiria escapar de uma condenação no caso das joias sauditas se o inquérito deixar a Suprema Corte e seja julgado na Justiça comum. Para o ex-presidente, a mudança faria com que ele escapasse da “perseguição” imposta pelo ministro Alexandre de Moraes.
De acordo com a publicação, o inquérito contaria com o apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR). O entendimento é de que, ao deixar a Presidência, Bolsonaro perdeu foro privilegiado e, com isso, deve ser julgado pela primeira instância. Foi com o apoio da PGR que ele e Michelle optaram pelo silêncio em depoimento à Polícia Federal.
Este seria o cenário ideal para Bolsonaro que, segundo a coluna, “está bem mais para sonho do que para realidade”. Moraes já deu indícios de como deve votar quando o foro de competência for debatido pelo STF. E é esse o ponto que preocupa o ex-presidente.
Ao defender que Bolsonaro deve ser julgado pelo STF, Moraes deve entender que há um ponto em comum envolvendo os atos golpistas, a fraude em cartões de vacinação e a venda das joias. Para o ministro, todos os crimes teriam sido cometidos pela mesma “organização criminosa”, que contaria com a presença de deputados e senadores. A presença dos parlamentares faria com que os casos seriam de competência do Supremo, inclusive os não detentores de foro privilegiado
A suposta organização criminosa a ser citada por Moraes seria comandada por Bolsonaro e contaria com a presença de uma dúzia de aliados. Com isso, o ministro vai defender que os crimes têm conexão e que não haveria como desvincular uma coisa da outra.
Quando o tema for discutido em plenário, que ainda não tem data definida, Moraes vai apresentar sua tese aos demais ministros da Corte e a tendência é que a maioria o acompanhe. A tendência é de que apenas Kássio Nunes e André Mendonça, indicados para a Corte por Bolsonaro, votem a favor do ex-presidente. As informações são da coluna de Paulo Cappelli, no site Metrópoles.
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