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terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Novo exame de sangue tem 97% de precisão no diagnóstico de Alzheimer; Saiba detalhes

O diagnóstico de Alzheimer pode se tornar mais rápido e preciso através de uma simples coleta de sangue. Segundo um estudo publicado na segunda-feira (22), na revista científica JAMA Neural, feito por neuroquímicos da Suécia, a análise permite identificar com precisão a proteína p-tau, que se acumula no cérebro de pessoas com Alzheimer.

Segundo o estudo, as aglomerações e emaranhados formados pelas proteínas que pressionam o cérebro e levam a inflamações do órgão, desencadeando os sintomas. Os primeiros acúmulos de proteína podem aparecer até 20 anos antes dos sintomas da doenças se tornarem evidentes.

Rastreio

Os pesquisadores calibraram o exame para encontrar a p-tau217 circulando no organismo, indicando os acúmulos da proteína sem a necessidade de exames mais complexos e caros, como a tomografia cerebral e a punção lombar, que são usados atualmente para diagnosticar o Alzheimer.

Com isso, o teste se tornou o mais preciso entre todos os disponíveis no mercado e teve resultados comparáveis aos de exames de maior complexidade.

Atualmente, os testes de exame são apenas indicativos - se tornou o mais preciso entre todos os disponíveis no mercado e teve resultados comparáveis aos de exames de maior complexidade.

Os sintomas da doença neurodegenerativa podem variar entre os pacientes, mas os problemas de memória - como perder a noção de datas, perder-se na rua, ter dificuldade em completar tarefas básicas como tomar banho, ler ou escrever - são os mais característicos.

Cerca de 786 voluntários participaram do exame proposto, alguns com declínio cognitivo, outros não. Os resultados foram comparados com os de tomografias e punções. Em 80% dos casos, o exame de sangue foi capaz de fechar um diagnóstico definitivo.

Quando identificou a condição sem a necessidade de novas provas ou exames complementares, o teste de sangue foi 96% preciso no reconhecimento de proteínas beta-amilóides acumuladas (também presentes nos pacientes com Alzheimer) e 97% no da proteína tau.

De acordo com os pesquisadores, a expectativa é que, no futuro, testes de sangue para detectar doenças neurodegenerativas sejam indicados a todos os adultos com mais de 50 anos como parte do check-up de rotina.

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