A empregada doméstica Oscelina Moura Neves de Oliveira, 45 anos, e a enfermeira Priscilla Pessoa Rodrigues (as duas na foto em destaque), 45, apresentaram melhora no estado de saúde. Ambas foram baleadas pelo delegado Mikhail Rocha e Menezes, 46, na semana passada, e seguem internadas em hospitais do Distrito Federal.
Ao Metrópoles Davi Roque, marido de Oscelina, disse que a diarista passou por cirurgia na noite desse domingo (19/1) e segue intubada no Hospital de Base. Segundo ele, o rim esquerdo da esposa voltou a funcionar – fato importante, já que a vítima perdeu o outro durante o ataque.
Além disso, os batimentos cardíacos, bem como a pressão arterial, foram normalizados e houve uma diminuição na quantidade de medicamentos ministrados pelos médicos.
De acordo com Davi, Oscelina foi submetida a uma cirurgia para a reconstrução do estômago e do intestino. Agora, os médicos aguardarão 42 horas para estudar a possibilidade de submetê-la a uma terceira cirurgia de reconstrução.
“Estou só o bagaço. A minha esposa está fazendo muita falta. A energia positiva dela está fazendo muita falta. Ela é o tipo de pessoa alto astral o tempo todo. Estamos há 22 anos casados e nunca vivemos longe um do outro. Está sendo muito difícil, tanto para mim quanto para os nossos filhos, mas acreditamos muito em Deus, e ela ficará bem”, disse o marido.
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Enfermeira está estável
A enfermeira Priscilla também teve avanço positivo no quadro de saúde. Em nota, o Hospital Brasília, local onde a mulher está internada, informou que se solidariza com o ocorrido e que “em respeito à privacidade da paciente e da família, e seguindo as regras de sigilo médico”, não divulgará informações sobre o estado de saúde.
O Metrópoles, porém, apurou que a enfermeira não está mais em estado grave. Ela segue internada e estável.
Outra vítima do delegado, Andréa Rodrigues Machado Menezes, 40 anos, foi transferida do Hospital de Base, da rede pública, para o DF Star, na quinta-feira (16/1). A mudança para a unidade de saúde privada se deu após a paciente, que é esposa do policial civil, apresentar quadro estável, além de estar consciente e orientada.
A mudança de hospital foi pedida pela família de Andréa. No entanto, o DF Star informou que não divulga qualquer informação sobre o quadro de saúde dos pacientes sem prévia autorização.
Ala psiquiátrica
Mikhail Rocha, por sua vez, foi internado na Ala Psiquiátrica do Hospital de Base no mesmo dia do ataque.
Em nota, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou que o delegado permanece na Ala Psiquiátrica do centro médico, sob escolta policial ,e que ainda não há previsão para que ele retorne à cadeia.
Entenda a linha do tempo:
Por volta das 9h10 de quinta-feira (16/1), o delegado Mikhail atirou contra a esposa, Andréa Rodrigues Machado e Menezes, 40 anos, e a empregada da família, Oscelina Moura Neves de Oliveira, 45;
Minutos depois, ele e o filho, de 7 anos, saíram do Residencial Santa Mônica, no Setor Habitacional Tororó, em um Volkswagen Polo preto;
Os dois seguiram rumo ao Pronto-Socorro do Hospital Brasília, no Lago Sul, onde o delegado atirou contra a supervisora de enfermagem Priscilla Pessôa Rodrigues, 45;
Mikhail teria disparado após chegar e exigir atendimento de saúde para o filho, que estaria vomitando;
O delegado fugiu do hospital e, por volta das 10h, foi preso em flagrante pela PMDF, que conseguiu rastrear o veículo do agressor ainda no Lago Sul;
O delegado e demais testemunhas ligadas ao caso foram levados à Corregedoria da PCDF para prestar depoimento;
As informações foram de que o policial civil estaria em surto. (Via: Metrópoles)