O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não poupou críticas ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), apontado como responsável pelas sanções do governo dos Estados Unidos contra o Brasil, como o tarifaço.
Durante a abertura da reunião ministerial do governo realizada nesta terça-feira (26), Lula chamou Eduardo de ‘traidor da pátria’ e afirmou que o Brasil não vai aceitar ‘ofensas’ e ‘petulância’ de ninguém.”
“Não conheço na história desse país algum momento em que um traidor da pátria mudou de país, adotando os EUA como pátria e tentando insuflar o ódio de alguns governantes americanos contra o povo brasileiro. Isso não é aceitável, e é importante que cada ministro faça questão de retratar a soberania desse país. Não aceitamos ofensas e petulância de ninguém”, disse Lula.
“Eu fiz uma relação dos maiores traidores da humanidade. O que está acontecendo hoje no Brasil com a família do ex-presidente [Jair Bolsonaro] e do filho dele [Eduardo Bolsonaro] nos EUA é uma das maiores traições que uma pátria sofre de filhos seus. Não existe nada que pode ser mais grave do que uma família inteira, com um filho que já deveria ter sido expulso da Câmara, insuflando outro Estado contra o Estado do Brasil”, completou o presidente.
Respostas ao tarifaço
Ainda durante a reunião ministerial, o presidente, os ministros Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Fernando Haddad (Fazenda) e Mauro Vieira (Relações Exteriores) "estão 24h por dia à disposição para negociar com quem quer que seja o assunto que for, sobretudo na questão comercial".
"Estamos dispostos a sentar na mesa em igualdade de condições. O que não estamos dispostos é sermos tratados como se fôssemos subalternos. Isso nós não aceitamos de ninguém", disse Lula.
Pedidos de cassação contra Eduardo Bolsonaro
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou no último dia 15 quatro pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro ao Conselho de Ética da Casa. Os recursos acusam o filho 03 de Jair Bolsonaro de decoro parlamentar por atuar contra o Brasil nos Estados Unidos.
No Conselho de Ética, serão sorteados três nomes para escolha de um relator para analisar os pedidos de cassação. O presidente do colegiado, deputado Fábio Schiochet (União Brasil-SC), vai escolher um dos nomes para a relatoria.
Eduardo Bolsonaro será notificado sobre um eventual processo de cassação e poderá apresentar uma defesa inicial.
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