Após mais de dois anos de espera e cobranças, 300 policiais penais foram nomeados nesta quarta-feira (24) para atuarem no sistema prisional de Pernambuco. A lista com os nomes foi publicada no Diário Oficial do Estado.
A expectativa é de que o grupo seja lotado no Complexo Prisional de Araçoiaba, na Região Metropolitana do Recife, que está em fase de conclusão de obras para criação de 2.754 vagas - reduzindo a superlotação histórica e uma das piores do País.
Segundo nota divulgada pelo governo estadual, inicialmente serão abertas as primeiras 1,5 mil vagas no início de 2026.
"A nova nomeação demonstra o nosso compromisso com os policiais penais e nosso investimento em segurança pública seguindo em frente", declarou, em nota, a governadora Raquel Lyra.
Mesmo com a nova nomeação, o déficit de policiais penais no Estado segue alto. Unidades prisionais mais antigas continuam com número muito reduzido de profissionais fazendo a segurança, por isso as insistentes cobranças do Ministério Público por uma solução.
MAIS POLICIAIS PENAIS À ESPERA DE NOMEAÇÃO
Mais de 630 policiais penais, que concluíram curso de formação desde 2023, aguardavam a nomeação no Estado. Agora, mais de 330 ficam à espera da nova lista - que deve ser publicada em fevereiro de 2026.
Além do Complexo do Araçoiaba, as obras das unidades 3, 4 e 5 do Presídio de Itaquitinga (PIT), na Mata Norte, devem ser encerradas até agosto - gerando mais 3 mil vagas.
Desde 2023, a gestão estadual nomeou 672 policiais penais do total de 1.306 aprovados no concurso público realizado em 2021.
REORGANIZAÇÃO NO SISTEMA PRISIONAL
Além dos escândalos de corrupção - com prisões de servidores públicos -, o ano de 2025 foi marcado por uma reorganização no sistema prisional de Pernambuco. A Penitenciária Professor Barreto Campelo, na ilha de Itamaracá, foi desativada e demolida devido à precária estrutura física, em abril.
O Presídio Aspirante Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa), unidade do Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife, também foi desativado no final de maio.
Por fim, 12 cadeias públicas localizadas no interior do Estado tiveram as atividades encerradas em dezembro. Além de poucos presos, as unidades tinham alto custo operacional, conforme informou a gestão.
Acompanhe o Blog O Povo com a Notícia também nas redes sociais, através do Facebook e Instagram
