Durante pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão na noite de domingo (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. A nova lei também cria um desconto para os contribuintes que ganham até R$ 7.350 mensais.
Segundo o petista, a medida fará com que as pessoas beneficiadas tenham “quase um 14º salário” por conta da tributação que deixarão de pagar. Promessa de campanha de Lula e uma das apostas para sua reeleição, a isenção foi sancionada na última quarta-feira (26).
“Com zero de Imposto de Renda, uma pessoa com salário de R$ 4,8 mil pode fazer uma economia de R$ 4 mil em um ano. É quase um 14º salário", afirmou o presidente.
"A partir de janeiro do ano que vem, o que hoje é desconto no contracheque vira dinheiro extra no bolso. Para viajar com a família. Comer o que mais gosta. Comprar presentes de Natal para os filhos. Quitar uma dívida. Adiantar uma prestação. Comprar uma televisão com tela maior para ver a Copa do Mundo no ano que vem", disse.
COMBATE AOS PRIVILÉGIOS
Lula também afirmou que a medida Lula atacará os "privilégios de uma pequena elite financeira" e ajudará o Brasil a avançar na justiça tributária. Para compensar a redução no IR, a lei determina uma alíquota progressiva de até 10% para quem recebe mais de R$ 600 mil por ano.
"Mais do que uma correção da tabela do imposto de renda, a nova lei ataca a principal causa da desigualdade no Brasil: a chamada injustiça tributária", disse Lula.
"Quem mora em mansão, tem dinheiro no exterior, coleciona carros importados, jatinhos particulares e jet-skis, paga dez vezes menos do que uma professora, um policial ou uma enfermeira. Imagina uma pessoa lutar para ter uma moradia digna, andar de ônibus, se esforçar para comprar um carro, e pagar 10 vezes mais imposto de renda do que os bilionários do nosso país. Isso é inaceitável. Era preciso mudar. E nós estamos mudando", acrescentou.
A isenção começa a valer já em janeiro de 2026 e vai impactar na declaração do imposto de Renda de 2027.
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