O
Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) negou, ontem (09), por
unanimidade, o pedido de habeas corpus do empresário Arthur Roberto Lapa Rosal,
preso pela Operação Turbulência. Arthur Rosal, conhecido como "vaqueiro
ostentação", é acusado de lavagem de dinheiro e organização criminosa num
esquema que investiga o desvio de recursos de obras federais, como a
Transposição do Rio São Francisco e a Refinaria Abreu e Lima, para financiar
ilegalmente campanhas do ex-governador Eduardo Campos (PSB) de 2010 a 2014.
Rosal está preso desde o dia 21
de junho, quando a operação foi deflagrada pela Polícia Federal. A investigação
aponta que o empresário atuava como um operador do sistema criminoso. Ele teria
recebido R$ 100 mil de empresas pertencentes a Roberto Trombeta e Rodrigo
Morales, além de outros negócios realizados com a Câmara & Vasconcelos.
Trombeta e Morales são delatores da Lava Jato e seriam operadores do doleiro
Alberto Yousseff. O advogado de Rosal, Rivadávia Brayner, não foi localizado
para comentar a decisão do TRF5.
"Antes de se visualizar
regularidades nas transações financeiras do ora paciente, mostram-se fortes os
indícios de irregularidades a concluir, inclusive, com eventual prática de
crime de lavagem ou ocultação de bens", afirmou o desembargador federal
Ivan Lira de Carvalho, relator do processo de pedido de liberdade de Rosal.
O TRF5 já havia negado habeas
corpus de outros detidos na Operação Turbulência - os também empresários Apolo
Vieira, Eduardo Freire Bezerra Leite, João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho.
Todos, incluindo Arthur Rosal, continuam detidos no Cotel, em Abreu e Lima.
Uma das irregularidades
constatadas pela Operação Turbulência é a frequência de movimentações
financeiras atípicas nas contas das empresas Geovane Pescados e Câmara &
Vasconcelos Locação e Terraplenagem Ltda. no ano de 2014. A Geovane Pescados
esteve envolvida na aquisição da aeronave Cessna Citation usada pelo
ex-governador Eduardo Campos na campanha eleitoral de 2014, a mesma que sofreu
o acidente que o vitimou e a outras seis pessoas. A operação investiga, ainda,
movimentações financeiras de Paulo César Morato, encontrado morto no dia 22 de
junho em um motel em Olinda. (Via: Blog PE Notícias)
Blog: O Povo com a Notícia