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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Tribunal mantém empresário e “Vaqueiro Ostentação” preso


O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) negou, ontem (09), por unanimidade, o pedido de habeas corpus do empresário Arthur Roberto Lapa Rosal, preso pela Operação Turbulência. Arthur Rosal, conhecido como "vaqueiro ostentação", é acusado de lavagem de dinheiro e organização criminosa num esquema que investiga o desvio de recursos de obras federais, como a Transposição do Rio São Francisco e a Refinaria Abreu e Lima, para financiar ilegalmente campanhas do ex-governador Eduardo Campos (PSB) de 2010 a 2014.

Rosal está preso desde o dia 21 de junho, quando a operação foi deflagrada pela Polícia Federal. A investigação aponta que o empresário atuava como um operador do sistema criminoso. Ele teria recebido R$ 100 mil de empresas pertencentes a Roberto Trombeta e Rodrigo Morales, além de outros negócios realizados com a Câmara & Vasconcelos. Trombeta e Morales são delatores da Lava Jato e seriam operadores do doleiro Alberto Yousseff. O advogado de Rosal, Rivadávia Brayner, não foi localizado para comentar a decisão do TRF5.

"Antes de se visualizar regularidades nas transações financeiras do ora paciente, mostram-se fortes os indícios de irregularidades a concluir, inclusive, com eventual prática de crime de lavagem ou ocultação de bens", afirmou o desembargador federal Ivan Lira de Carvalho, relator do processo de pedido de liberdade de Rosal.

O TRF5 já havia negado habeas corpus de outros detidos na Operação Turbulência - os também empresários Apolo Vieira, Eduardo Freire Bezerra Leite, João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho. Todos, incluindo Arthur Rosal, continuam detidos no Cotel, em Abreu e Lima.

Uma das irregularidades constatadas pela Operação Turbulência é a frequência de movimentações financeiras atípicas nas contas das empresas Geovane Pescados e Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplenagem Ltda. no ano de 2014. A Geovane Pescados esteve envolvida na aquisição da aeronave Cessna Citation usada pelo ex-governador Eduardo Campos na campanha eleitoral de 2014, a mesma que sofreu o acidente que o vitimou e a outras seis pessoas. A operação investiga, ainda, movimentações financeiras de Paulo César Morato, encontrado morto no dia 22 de junho em um motel em Olinda. (Via: Blog PE Notícias)

Blog: O Povo com a Notícia