Em janeiro de 2015, ao protocolar
no Tribunal Superior Eleitoral ações de cassação da chapa Dilma Rousseff — Michel
Temer, o PSDB trombeteava a tese segundo a qual Aécio Neves perdera a disputa
presidencial para uma “organização criminosa”. Nessa época, o ninho sonhava com
uma limpeza que conduzisse à convocação de novas eleições. Dava-se de barato
que Aécio estava com um pé no Planalto.
O tempo passou. Hoje, o PT derrete, Dilma Rousseff cuida dos
netos, Lula tem pesadelos com Sergio Moro e Michel Temer dá expediente no
Planalto. Quanto ao PSDB, num instante em que a legenda começava a se habituar
à exposição dos seus pés de barro nas vitrines da Lava Jato, terá de conviver
também com a exibição dos seus glúteos no processo aberto por sua iniciativa
contra Dilma e Temer.
Provocados pela defesa de Dilma, os delatores da Odebrecht
citam em seus depoimentos à Justiça Eleitoral também os podres do tucanato. Um
dia depois de Marcelo Odebrecht ter mencionado uma tentativa de Aécio Neves de
mordê-lo em R$ 15 milhões, o também delator Benedito Júnior, ex-presidente da
Odebrecht Infra-estrutura, disse que a construtora despejou, a pedido de Aécio, R$ 9 milhões em campanhas tucanas. Tudo no caixa dois.
Aécio reconhece que fez o pedido. Mas nega que a verba tenha passado por baixo
da mesa.
O tucanato frequenta a conspurcada cena pública brasileira
como a principal evidência de que, em política, nada se cria, nada se copia,
tudo se corrompe. Não é à toa que as opções presidenciais do tucanato começam a
despontar nas pesquisas eleitorais como sub-Bolsonaros. (Via: Blog do Josias de Souza)
Blog: O Povo com a Notícia