A França acusa um empresário brasileiro de ter pago US$ 1,5 milhão ao
filho do ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo, três dias antes
da votação para escolha da sede da Olimpíada de 2016, que aconteceu no Rio de
Janeiro, no Brasil.
Ainda segundo o “Le Monde”, pagamento foi feito por Arthur Cesar Menezes
Soares Filho, que é ligado ao ex-governador Sérgio Cabral, a Papa Diack, filho
do senegalês Lamine Diack.
De acordo com o jornal francês "Le Monde" , a Justiça francesa
investiga se o pagamento foi propina para que o pai dele votasse no Rio.
Lamine era membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) e foi um dos
que votaram no Rio como sede dos Jogos de 2016.
O diretor de comunicações da Rio-2016 disse que tem "plena
certeza" de que a escolha da cidade foi através de uma "eleição
limpa".
Após perder por duas tentativas a sede (para Atenas, em 2004, e Londres,
em 2012), o Rio venceu, em 2009, a escolha para os Jogos de 2016 por 46 votos,
contra 29 de Madri e 20 de Tóquio.
Por meio de nota o COI afirmou que as investigações estão em
curto.
Leia a íntegra da nota:
"O COI tomou conhecimento das sérias alegações feitas pelo jornal
francês Le Monde sobre a votação para selecionar a cidade sede dos Jogos
Olímpicos de 2016. O COI é parte civil no processo em curso iniciado pelas
autoridades judiciais francesas contra ex-presidente da IAAF, Sr. Lamine Diack,
e o seu filho, Papa Massata Diack, então consultor de marketing da IAAF. O COI
continua empenhado em esclarecer esta situação, colaborando com o Ministério
Público. A investigação já mostrou que o Sr. Lamine Diack, que anteriormente
era membro honorário do COI, não exerceu qualquer função dentro do COI desde
novembro de 2015. O COI entrará novamente em contato com as autoridades
judiciais francesas para receber informações sobre as quais a reportagem no Le
Monde parece estar baseada.
No que diz respeito ao sr. Fredericks, ele informou o COI e explicou a
situação e sublinhou a sua inocência imediatamente após ser contactado pelo
jornalista. O COI confia que Fredericks trará todos os elementos para provar a
sua inocência contra estas alegações feitas pelo Le Monde.
De acordo com Fredericks, o suposto pagamento foi feito pela Pamodzi
Sports Consulting, que era dirigida por Papa Massata Diack e em conexão com a
promoção, desenvolvimento de propriedades esportivas em conexão com o Programa
de Marketing da IAAF, eventos da IAAF e a o marketing do Programa Africano de
Atletismo 2007/2011. Fredericks tinha um contrato de marketing com a Pamodzi
Sports Consulting entre 2007 e 2011. Ele se voltou para a Comissão de Ética da
IAAF ontem.
Imediatamente depois de ter sido estabelecida uma ligação entre este
pagamento contratual e o voto para a cidade anfitriã dos Jogos Olímpicos de
2016, o próprio Fredericks recorreu também à Comissão de Ética do COI, que
agora acompanha todas as alegações para esclarecer completamente esta questão.
"
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