O secretário de Defesa Social,
Antônio de Pádua, comentou as críticas em relação à falta de informações
repassadas à imprensa sobre os crimes registrados em Pernambuco. Ele afirmou
que, muitas vezes, o inquérito policial precisa ser sigiloso para preservar a
família das vítimas ou mesmo a própria investigação. O assunto foi questionado
pelo Ronda JC durante entrevista do gestor à
Rádio jornal, na última sexta-feira (20).
Desde o mês de março, funcionários
do Instituto de Medicina Legal (IML) deixaram de passar informações sobre os
homicídios registrados no Estado. Eles afirmaram à imprensa que
essa foi uma determinação da SDS e que podem ser punidos se não cumprirem com a
regra. Os 140 delegados nomeados em janeiro deste ano também foram
surpreendidos em março ao serem informados pela Chefia da Polícia Civil de
Pernambuco de que não deveriam dar entrevista à imprensa nos locais de crimes.
Pádua justificou: “A investigação policial é um processo muito completo. O
que se fala no momento do crime é tudo hipótese, suposição. A gente sabe que o
inquérito tem natureza sigilosa, não só para preservar a família das vítimas
como a própria investigação. Quando você antecipa informações, elas podem ser
mal interpretadas. O melhor momento de falar é na conclusão”, disse.
O secretário também falou sobre a divulgação dos números da violência que,
há um ano, deixaram de ser divulgados diariamente. “Os dados divulgados
diariamente podem ser equivocados, porque um corpo que pode ser tido como
suicídio ou morte a esclarecer, na semana que vem pode se descobrir que é uma
morte violenta. Por isso a publicação dos números deve acontecer até o dia 15
do mês seguinte, para evitar dados equivocados”, afirmou. (Via: Ronda Jc)
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