O presidente Jair Bolsonaro
(PSL), durante transmissão via redes sociais, disse que quer mandar
universitários para Israel, “assim como foi feito lá atrás, onde a garotada ia
para outros países, aqui do Brasil, aprender agricultura, nós queremos fazer a
mesma coisa, com agricultura no deserto”.
“Queremos mandar a nossa garotada, os universitários para ficar aí 15,
duas, três semanas lá fora para que essa tecnologia venha para cá e ele possa
bem aplicá-la aqui no Brasil”, afirmou Bolsonaro, referindo-se a técnicas de
irrigação por gotejamento e criação de peixes.
O presidente disse que o contato principal com Israel será relacionado a
ciência, tecnologia e inovação.
Bolsonaro afirmou que pretende "botar no papel [o intercâmbio dos
universitários], botar em prática o mais breve possível".
A ideia se assemelha à proposta do Ciência sem Fronteiras, criado em 2011,
durante o governo Dilma Rousseff (PT). Entre os objetivos do programa estavam
investir na formação de pessoal altamente qualificado nas habilidades
necessárias para o avanço da sociedade e ampliar o conhecimento inovador de
pessoal das indústrias tecnológicas.
A falta de recursos levou ao congelamento do programa de Dilma, além de
haver críticas quanto à aplicação da ideia.
A Folha também mostrou deficiências na aplicação de uma das propostas do
programa —treinamento "nas melhores instituições e grupos de pesquisa
disponíveis (...) de acordo com os principais rankings internacionais".
Segundo levantamento da Folha, menos de 4% dos alunos que participaram do
programa foram estudar nas melhores universidades do mundo. (Via: Folhapress)
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