O ministro da Economia, Paulo Guedes,
prometeu que, em dois anos, o preço do gás de cozinha vai cair pela metade.
Para isso, segundo ele, é preciso acabar com o “monopólio” do refino de
petróleo, hoje nas mãos da Petrobrás, e no setor de distribuição.
“Vamos
quebrar monopólio e baixar preço do gás e do petróleo com competição e redução
da roubalheira”, disse Guedes nesta terça-feira (09), na Marcha dos Prefeitos,
em Brasília. “O botijão de gás chegará à casa do brasileiro com a metade do
preço daqui a dois anos. Hoje o gás no Brasil é mais caro do que nos países que
não têm gás por conta de monopólio”, acrescentou.
Segundo
o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo
(Sindigas), seis empresas respondem por quase 90% do mercado de distribuição.
De
acordo com o ministro, o preço no Brasil do chamado BTU (unidade de medida do
gás), é de US$ 12. Nos EUA, que têm produção de gás própria, o preço é de US$
3. Já em países que não produzem e importam do mercado russo, como Japão e na
Europa, é de US$ 7.
O
novo plano do governo federal de socorro aos Estados – batizado de Plano
Mansueto – terá como uma das contrapartidas de acesso ao auxílio financeiro a
abertura do mercado de distribuição de gás pelos governos estaduais. A medida
faz parte da estratégia de Guedes para promover um “choque de energia barata” e
ampliar os investimentos e empregos no País.
Uma
das condições que serão colocadas à mesa para que governadores entrem no plano
é a abertura do mercado. Hoje, governos regionais, que têm agências reguladoras
estaduais, impedem que empresas privadas acessem os dutos de distribuição
estaduais, o que acaba configurando um “monopólio”.
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