O presidente Jair Bolsonaro
afirmou hoje (21) que o número de seu novo partido, o Aliança pelo Brasil, será
38. O anúncio foi feito durante sua live semanal
transmitida no Facebook. Pela manhã, o presidente participou da 1ª
Convenção Nacional da legenda, realizada em um hotel de Brasília. Bolsonaro
também admitiu que, caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não autorize a
coleta de assinaturas por meio eletrônico, o seu partido não deverá estar
homologado para disputar as eleições do ano que vem.
“Por ocasião das eleições do ano que vem, acredito que nós
podemos ter o partido funcionando, desde que as assinaturas sejam de forma
eletrônica. Caso contrário, nós só poderemos estar em condições de disputar as
eleições, aquelas de 2022”, disse. “E o número escolhido é o 38. Tínhamos
poucas opções e acho que o número 38 é mais fácil de gravar”, acrescentou.
Para a legenda Aliança pelo Brasil ser homologada e poder
disputar as eleições, ainda será necessária a coleta de cerca de 500 mil
assinaturas em pelo menos nove estados. As rubricas precisam ser validadas, uma
a uma, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O prazo para que o partido seja
registrado a tempo de disputar as eleições municipais de 2020 termina em março.
“Estamos aguardando aqui. Na
próxima semana o Tribunal Superior Eleitoral vai decidir se podemos ou não
colher assinaturas, para a sua fundação, via eletrônica ou não. Se for via
eletrônica, eu tenho certeza de que, com o apoio de todos vocês, creio que em
um mês, no máximo, a gente consegue as 500 mil assinaturas. Caso não seja
possível, a gente vai ter que colher assinatura física, aí demora mais e não
ficará pronto o partido tão rápido. No meu entender, um ano ou um ano e meio
para ficar pronto o partido”, projetou o presidente. O TSE analisa o assunto no
âmbito de um consulta pública em andamento na Corte, que foi apresentada pelo
deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) no fim do ano passado.
Partido conservador
Durante a live,
Bolsonaro também destacou as principais características da sua nova legenda
partidária. “Um partido conservador, que respeita todas as religiões, dá
crédito aos valores familiares, defende a legítima defesa, defende a posse e o
porte de arma com requisitos, o livre comércio com todo mundo, sem o viés
ideológico”, disse.
Na semana passada,
Bolsonaro anunciou a saída do PSL, partido pelo qual foi eleito. A
desfiliação foi confirmada na última terça-feira (19). O grupo político mais
próximo ao presidente, além dele próprio, vinham se desentendendo, nos últimos
meses, com o fundador e presidente nacional da legenda, o deputado federal
Luciano Bivar (PE).
Segunda maior bancada parlamentar
na Câmara dos Deputados, o PSL conta com 53 deputados. No Senado, a legenda
possui três integrantes. (Via: Agência Brasil)
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