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Presidente
destacou que superou o PT nos dois turnos da eleição presidencial na cidade
paraibana e preferiu se esquivar de questões políticas locais
“É
uma satisfação voltar aqui. Ganhei nos dois turnos e esse povo mora no meu
coração”. Foi com esta declaração que o presidente Jair Bolsonaro desembarcou
às 9h15, em Campina Grande, para participar de uma cerimônia de entrega de
casas populares. Como tudo na cidade do Agreste paraibano é grandioso, trata-se
de um dos maiores conjuntos habitacionais do país, com 3.012 casas e 1.088
apartamentos, um investimento de R$ 300 milhões.
A solenidade, que já estava
agendada a pedido do prefeito Romero Rodrigues (PSD), transformou-se em um
palanque no Nordeste à altura para o presidente marcar a sua presença na
região, principalmente após a libertação de Luiz Inácio Lula da Silva, na
última sexta-feira.
Das 223 cidades paraibanas, Campina Grande foi a única que
deu vitória para Bolsonaro em relação a Fernando Haddad (PT). No primeiro
turno, o candidato do PSL obteve 50,61% dos votos válidos, passando
para 56,3% no segundo turno. João Pessoa e Cabedelo também deram maioria a
Bolsonaro, mas apenas na etapa final.
Cercado por repórteres, antes de fazer a entrega simbólica de
chaves para famílias escolhidas, Bolsonaro preferiu não entrar em questões de
políticas locais e não respondeu sobre o que achava da decisão do STF em
libertar quem estava preso por julgamento em segunda instância. “Eu não vou
polemizar, esse cara para mim é um condenado”, disse a respeito de Lula.
Perguntado sobre o que achava da ausência do deputado Julian
Lemos (PSL) da cerimônia em cerimônia, Bolsonaro evitou polemizar: “Política
local é com políticos locais”. Julian criticou os filhos do presidente como
responsáveis por “boa parte das crises geradas no governo”.
Também não quis se pronunciar sobre a mobilização de
deputados federais e senadores para a votação de uma Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) que volte a garantir a prisão de condenados em segunda
instância, atingindo os implicados na Operação Lava Jato e o ex-presidente
Lula. “O Parlamento vota com independência, eu não vou votar”.
Bolsonaro abraçou o prefeito
Romero Rodrigues (PSD) antes de subir no palanque onde um fundo azul destacava
a entrega das 4,1 mil unidades do habitacional Aluízio Campos. As famílias
beneficiadas no projeto com recursos federais e contrapartida da Prefeitura de
Campina Grande, estavam todas trajadas de amarelo, incluindo bonés. “Não
tenho tempo nem vou perder tempo para discutir política do passado. É daqui
para frente”, disse Bolsonaro.
Campina Grande está se tornando uma aliada de peso para
Bolsonaro em uma Paraíba que é oposição ao governo federal. A cidade já havia
recebido a visita da primeira-dama Michelle Bolsonaro no dia 2 abril, o que
inspirou o lançamento de um programa federal de apoio a crianças com
microcefalia. A Rainha da Borborema foi uma das poucas a se “alistar” no
programa de criação de escolas cívicos-militares, com duas unidades na
periferia. (Via: Portal OP9)
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