Recuperado da Covid-19, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) voltou ao trabalho nesta segunda-feira (11) e, destoando do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou que tomará a vacina para prevenir a doença.
"[Pretendo tomar a vacina] Dentro da minha vez. Eu sou o grupo 2, aí, de acordo com o planejamento. Não vou furar a fila, a não ser que seja propagandístico", afirmou Mourão ao chegar à Vice-Presidência.
Para Mourão, que disse ter perdido dois amigos para a doença, a questão da vacinação deve ser uma preocupação coletiva.
"Acho que a vacina é para o país como um todo, uma questão coletiva, não é individual. O indivíduo, aqui, está subordinado ao coletivo neste caso", disse o vice-presidente.
No sentido contrário, em dezembro, Bolsonaro, que também já contraiu o coronavírus, repetiu que não vai tomar vacina contra o coronavírus.
"Eu não vou tomar vacina e ponto final. Minha vida está em risco? O problema é meu", disse o presidente em entrevista ao Brasil Urgente, da Band, em 15 de dezembro.
Mourão disse ter passado três dias com sintomas mais pesados, mas que, depois, tomou a "medicação preconizada", inclusive a hidroxicloriquina, droga que não tem efeitos comprovados, mas que é defendida por Bolsonaro desde o início da pandemia.
Na semana passada, Pazuello se queixou de exigências feitas pela empresa nas conversas com o Ministério da Saúde e disse que o total ofertado vacina apenas a "metade da população do Rio de Janeiro".
A alta médica de Mourão foi informada pela Vice-Presidência na sexta-feira (8).
Mourão foi diagnosticado com o novo coronavírus em 27 de dezembro e estava em isolamento no Palácio do Jaburu. Ele fez o exame após ter febre e sentir dores no corpo e na cabeça.
Na terça (5), a vice-presidência divulgou comunicado em que afirmou que Mourão estava seguindo um programa de exercícios respiratórios, orientado por um fisioterapeuta.
Em comunicados anteriores, a Vice-Presidência havia informado que Mourão estava tomando remédios para dor e febre, além de hidroxicloroquina, azitromicina e Annita (um antiparasitário).
O uso da hidroxicloroquina e da azitromicina para tratamento da Covid-19 é defendido por Bolsonaro, mas as substâncias não têm eficácia científica comprovada contra o coronavírus.
Já o antiparasitário Annita é propagandeado pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, mas estudos indicaram que ele não reduz sintomas da doença. Pessoas com mais de 60 anos são consideradas grupo de risco pela OMS (Organização Mundial da Saúde). (Via: Folhapress)
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