Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil), foi condenado a a 30 anos,11 meses e oito dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. As informações são do Globo Esporte.
A decisão é assinada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª vara federal criminal do Rio de Janeiro. O processo é resultado da operação Unfair Play, que investigou a compra de votos para a escolha do Rio como sede das Olimpíadas de 2016. Nuzman ainda pode recorrer da decisão em liberdade. A defesa dele disse que o juiz o condenou sem provas e que isso será corrigido quando o tribunal julgar o recurso.
O ex-presidente do Cob foi denunciado pelo Ministério Público Federal, que também atingiu o ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho, o empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, o ex-diretor de operações do comitê Rio 2016 Leonardo Gryner, os dirigentes senegaleses do atletismo Lamine Diack e seu filho Papa Diack.
Compra de votos
Em 2017, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal prenderam Nuzman e Gryner na Zona Sul do Rio. O ex-presidente do COB é suspeito de intermediar a compra de votos de integrantes do Comitê Olímpíco Internacional (COI) para a eleição do Rio como sede da Olimpíada de 2016. Nuzman foi presidente do COB por 22 anos.
O esquema de corrupção, segundo os investigadores, tinha a participação do ex-governador Sérgio Cabral. O dinheiro teria vindo do empresário Rei Arthur. Em março de 2017, o jornal francês “Le Monde” denunciou que, três dias antes da escolha da cidade brasileira, houve pagamento de propina a dirigentes do Comitê Olímpico Internacional.
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