Governadores do Nordeste começam a sinalizar que não tem segurança para autorizar a realização do Carnaval de 2022.
O aumento do número de casos de Covid em algumas áreas do
Nordeste, o medo da nova onda na Europa e a baixa imunização com segunda dose
do público mais jovem, além do medo de mais mortes na conta da autorização
estão entre os motivos.
Na Bahia, Rui Costa já avisou: “Não colocarei a
população baiana em risco dando uma definição sobre o Carnaval agora, quando
estamos com 2,5 mil casos ativos na Bahia e com o coronavírus voltando com
força em diversos países. O Carnaval não pode estar acima da vida das pessoas”,
disse.
Na mesma linha, o governador Camilo Santana (PT) disse, neste
domingo (21), que é contra a realização de “grandes festas de réveillon e
carnaval” neste momento, em razão dos riscos que a Covid-19 ainda representa.
Com uma série de publicações nas redes sociais, Camilo disse, ainda, que
é necessário ter “absoluto controle” para a realização de eventos
festivos.
“Sobre a realização de grandes festas de réveillon e
carnaval, minha posição é contrária neste momento. Eventos festivos, com
grandes aglomerações e bebida, necessitariam de absoluto controle, com todas as
pessoas comprovadamente vacinadas, como vem ocorrendo nos estádios, além dos
protocolos sanitários seguidos, para minimizar os riscos de contágio”, disse o
governador.
Em Pernambuco, o Secretário de Saúde André Longo
disse que a realização ou não do Carnaval 2022 em Pernambuco está em debate no
comitê, que se reúne semanalmente para discutir diversos temas, inclusive a
possibilidade de festas de réveillon e o próprio festejo carnavalesco.
“Estamos discutindo cenários para esses eventos, mas é certo
que neste momento ainda é cedo para tomarmos decisões acerca desses eventos,
especialmente do carnaval, que se realiza de forma concomitante, neste ano
[2022], no final de fevereiro, com nosso período de maior sazonalidade de
ocorrência de doenças respiratórias”, comentou.
Fontes ouvidas pelo blog indicam que, nesse momento, há
um receio generalizado em liberar o evento pelo governo Paulo Câmara.
“Lembremos que além de tudo é ano eleitoral. Um aumento de mortes em
virtude da liberação da festa de momo, além de terrível em todos os
aspectos, seria muito explorado em período eleitoral”, diz uma fonte
palaciana. Hoje, a tendência é de não liberar. Só uma melhora no cenário
com segurança epidemiológica muda essa realidade.
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