Pernambuco estabeleceu como meta a promoção da neutralidade da emissão de carbono, até 2050. O plano é uma das principais iniciativas para evitar o aumento do nível do mar, sobretudo, no Recife. As informações são do Secretário de Meio Ambiente José Bertotti, um dos representantes do estado na conferência do clima da Escócia, a COP 26.
A conferência das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças
climáticas acontece entre esta segunda-feira (1º) e o dia 12 de novembro. No
encontro, serão apresentadas propostas para a crise climática em todo o mundo.
“[O objetivo é] a redução da emissão de carbono que causa o
efeito estufa, aumenta o calor e que pode fazer com que a elevação do nível do
mar. […] Por isso Recife está nesse foco de uma área muito preocupante em
relação à elevação do nível do mar. Nós precisamos fazer com que as emissões de
carbono sejam reduzidas. A meta de 2050 da neutralidade precisa acontecer”,
afirmou o secretário.
De acordo com o Painel Intergovernamental das Mudanças
Climáticas (IPCC, sigla em inglês) da ONU, o Recife é a capital brasileira mais
ameaçada pelo avanço do nível do mar devido a aspectos como geografia,
densidade demográfica e até mesmo desigualdade social.
De acordo com o secretário do estado, Pernambuco deve
apresentar durante o encontro o resultado das propostas de reflorestamento para
o território pernambucano.
Em março deste ano, a gestão estadual lançou um edital para
financiar projetos de recuperação florestal de áreas de nascentes.
“Um dos principais projetos é o de reflorestamento, em
parceria com vários municípios estamos trabalhando na cobertura vegetal do
estado. Só nesse segundo governo anunciamos novas cinco unidades de
conservação, algumas delas inclusive em torno do Rio Capibaribe”, afirmou o
secretário.
De acordo com ele, o edital foi destinado a 36 municípios com
o objetivo de “ajudar na recuperação florestal do estado, na recarga hídrica e
também fazer com que esses programas possam agir para haver cobertura”.
Segundo o secretário, outra preocupação são áreas que têm
sido tomadas pelo processo de desertificação, que acontece quando há degradação
do solo em regiões de clima árido.
“A forma como essa agricultura é realizada, se ela
desflorestar, aí sim há desertificação. O governo do estado trabalha com dados
científicos. Hoje, da nossa área que é 90% da região de caatinga do estado, 13%
estão em processo de desertificação”, contou.
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