Mesmo em meio a uma série de movimentações político-diplomáticas para forçar um cessar-fogo, as tropas russas não recuam e cada vez mais atacam cidades da Ucrânia. Tanques cercam Kiev, capital do país e coração do poder. Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana, sofreu um bombardeio que deixou mortos e feridos.
Imagens de satélite mostram que as forças terrestres russas
estão indo em direção a Kiev. A estimativa é de que o comboio tem 27
quilômetros e é composto por centenas de tanques, blindados e outros veículos
de guerra.
Russos em Kharkiv, na Ucrânia, estão se rendendo, diz prefeito
Fotos:
Segundo
informações de agências internacionais de notícias, há centenas de veículos
cercando a cidade. A rota seria a região do aeroporto de Hostomel, a pouco mais
de 30 quilômetros do centro da capital ucraniana.
Em pronunciamento ao vivo de Washington, nesta quinta-feira
(28/2), o governo dos EUA foi categórico. “Russos continuam avançando em
direção a Kiev”, alertou o porta-voz do Pentágono, John Kirby.
Segundo ele,
as tropas russas estão “atrasadas” no planejamento, mas seguem avançando na
direção da capital ucraniana Kiev.
Ao longo do
final de semana, a cidade chegou a ser invadida pelas forças russas, que
acabaram expulsas pelos militares ucranianos.
ONGs, como a
Human Rights Watch (HRW) e Anistia Internacional, apontam ainda que a Rússia
está usando bombas de fragmentação nos ataques a territórios ucranianos.
Em Kharkiv,
os ataques ocorreram também contra áreas civis, usando mísseis balísticos e
teleguiados. A Ucrânia vive o quinto dia de ataques.
A
intensificação dos ataques seria uma forma do presidente russo, Vladimir Putin,
tomar o controle do poder e exercer algum tipo de interferência na Ucrânia.
Desde sexta-feira (25/2), segundo dia de invasão, Putin tenta tomar Kiev, por
exemplo.
Autoridades ucranianas denunciam ataques a civis. “Isso
está acontecendo à luz do dia, quando as pessoas vão à farmácia, para fazer
compras ou beber água. É um crime”, afirmou Oleh Sinehubov, chefe da
Administração Estatal Regional de Kharkiv.
O
secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, lamentou o momento que a Ucrânia tem
vivido, com civis como alvos. “Essa situação é completamente inaceitável. Os
soldados devem sair das trincheiras e os líderes buscarem a paz”, defendeu.
Os combates também se intensificaram nos arredores de Mariupol, importante cidade portuária na costa do Mar de Azov. Forças russas tentam assumir posições que permitam o cerco da área urbana. (Via: Metrópoles)
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