Sem intenções de recuar, o presidente russo, Vladimir Putin, determinou que as tropas militares façam “ofensivas em todas as direções”. Além disso, o governo aumentou em 50% a presença de soldados ao redor da Ucrânia. A ordem é intensificar a invasão.
As
informações foram divulgadas pelo Kremlin, sede do governo russo, em um
comunicado oficial neste sábado (26/2).
O Kremlin disse que Putin
ordenou que as tropas não fossem adiante na sexta-feira (25/2), mas que
voltaram a avançar neste sábado, depois de supostas negativas para uma
negociação. O governo ucraniano nega.
Um
bombardeio russo matou 19 civis e feriu 73 pessoas neste sábado, na região de
Donetsk, no leste da Ucrânia, informou a agência de notícias Interfax.
“100 mil soldados”
A Ucrânia vive o terceiro dia de bombardeios e assiste à presença de
militares russos aumentar em seu território. O encarregado de negócios da
Embaixada da Ucrânia em Brasília, Anatoly Tkach, apresentou um balanço
sobre os ataques. Agora, segundo ele, 100 mil soldados estão no país.
“As
batalhas continuam em todo o território da Ucrânia”, destacou. Neste sábado
(26/2), em pronunciamento em Brasília, ele fez alertas para a forte presença
militar russa e o risco de um operação falsa.
Segundo Tkach, os serviços de
inteligência detectaram o planejamento russo de realizar “ação de bandeira
falsa”. A iniciativa acontece quando um exército se disfarça com uniformes e
equipamentos de outro para realizar atentados. “Intenção de cometer atos
desumanos”, ponderou.
O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, informou que “grupos sabotadores”
estão ativos em Kiev. Ele anunciou que o sistema de metrô está servindo apenas
como abrigo para os cidadãos e pontuou que os trens pararam de funcionar.
Os ataques
O bombardeio russo começou na quinta-feira (24/2). Em três dias, ao menos
198 pessoas morreram nos confrontos, segundo o governo ucraniano. Outras 1.115
ficaram feridas. Russos sitiaram a cidade e tentam tomar o poder.
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão
ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan),
aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê o possível
ingresso como uma ameaça à sua segurança.
República Tcheca, Polônia,
França, Estados Unidos e Holanda concordaram em enviar ajuda estrutural de armas e dinheiro, apesar de
não ordenarem apoio militar para os confrontos.
Madrugada de horror
Os confrontos em Kiev atingiram o
mais alto nível de tensão na madrugada deste sábado. Rússia e
Ucrânia disputam o controle da capital, coração do poder.
Mísseis foram disparados até
mesmo em áreas urbanas, o que antes estava restrito a bases
militares ucranianas. As sirenes de alerta voltaram a tocar.
Antes o que ficava em discursos
político-diplomáticos e bombardeios em campos de batalhas, passou a afetar hospitais, orfanatos, prédios
residenciais, além de escolas e creches. (Via: Metrópoles)
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