Em deliberação durante assembleia na tarde desta segunda-feira (14), na Sede do SINPOL, os Policiais Civis de Pernambuco rejeitaram por unanimidade a proposta de 20% oferecida pelo Governo do Estado e seguiram em passeata pela avenida Cruz Cabuga, onde deliberaram pelo movimento grevista em todo o estado de Pernambuco, a partir desta segunda-feira, onde todas as atividades da Polícia Civil do Litoral ao Sertão estão paralisadas.
Na última quinta-feira (10), o SINPOL-PE promoveu o segundo
ato da suspensão das atividades investigativas em todas as delegacias e
departamentos do estado de Pernambuco. Uma forma de chamar a atenção do Governo
do Estado para as reivindicações da categoria.
No decorrer da paralisação, o presidente do SINPOL PE, Rafael
Cavalcanti, recebeu uma notificação do Tribunal de Justiça de Pernambuco e,
dando cumprimento a ela, mesmo sendo uma afronta ao legítimo direito de
protestar e de buscar melhorias para atender a sociedade, orientou os filiados
do Sindicato a suspenderem a paralisação.
Nota da SDS
A Secretaria de Defesa Social esclarece que, na tarde desta
segunda-feira (14), reuniu-se com o presidente e diretores do Sindicato dos
Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) para apresentar a proposta de 20% de
reajuste salarial para todas as categorias profissionais representadas pela
entidade.
No entanto, após a reunião, a SDS foi surpreendida com a
decretação de greve. O entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) é de que
greves na segurança pública são ilegais. Nesse sentido, o Tribunal de Justiça
de Pernambuco (TJPE) determinou a cobrança de multa de R$ 300 mil ao Sinpol por
dia em caso de paralisação de qualquer natureza. O Sinpol foi devidamente
notificado dessa decisão na semana passada.
O diálogo e o esforço do Governo de Pernambuco resultaram em uma
proposta que aliou avanços na remuneração para as categorias e a responsabilidade
fiscal com as contas públicas, em um cenário de sucessivos anos de retração
econômica e pandemia.
A disposição para o diálogo será mantida, na busca de soluções que não penalizem a população e garantam a valorização profissional. A SDS não transigirá na adoção de todas as providências cabíveis no sentido de manter a prestação de serviços de segurança pública aos pernambucanos.