Cientistas e pesquisadores dos Estados Unidos apresentaram nesta terça-feira (15) o terceiro caso mundial de cura do temido vírus HIV.
A paciente é uma mulher onde o vírus tornou-se indetectável por 14 meses
após um transplante de células-tronco de cordão umbilical durante um tratamento
de leucemia.
Yvonne Bryson, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, e Deborah
Persaud, da Univesidade Johns Hopkins, as médicas resposáveis apresentaram a
pesquisa que teve início em 2015 durante a Conferência de Retrovírus e
Infecções Oportunistas.
O trabalho é parte do Impaact, iniciativa financiada pelos Institutos
Nacionais de Saúde dos EUA que envolve uma série de estudos científicos acerca
do HIV e da aids.
Segundo informações do site R7, a paciente é uma mulher que fazia
uso de medicamentos antirretrovirais havia quatro anos quando descobriu a
leucemia mieloide aguda e foi submetida a tratamento quimioterápico em que
houve remissão da leucemia. Então, recebeu o transplante de
células-tronco, mas seus níveis de HIV continuavam detectáveis naquele momento,
embora controlados.
Posteriormente, em 2017, a mulher recebeu uma suplementação de células
de um doador adulto, um parente, chamadas células haplo.
"Depois de receber o transplante de células-tronco, ela enxertou 100% de células do sangue do cordão umbilical no dia 100 e não teve HIV detectável. Aos 37 meses pós-transplante, a paciente cessou a TARV [terapia antirretroviral]. De acordo com a equipe do estudo, nenhum HIV foi detectado na participante por 14 meses, exceto por uma detecção transitória de traços de DNA do HIV nas células sanguíneas da mulher em 14 semanas após a interrupção da TARV. As células haplo enxertadas apenas transitoriamente e contribuíram para uma rápida recuperação", complementa o comunicado emitido pelas cientistas e divulgado a imprensa.
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