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quinta-feira, 14 de julho de 2022

"Muito chocante", diz técnica de enfermagem que disponibilizou o celular para filmar estupro de anestesista

A técnica de enfermagem de 36 anos que usou seu celular para gravar o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, no último domingo (10), disse que ao pegar o aparelho "foi tudo muito chocante". As imagens flagraram o especialista estuprando uma paciente após o parto. O médico foi preso em flagrante pelo crime de estupro de vulnerável.

Nesta quinta-feira (14), após seu aparelho passar por uma perícia no Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), ele foi devolvido a dona. Ao O Globo ela contou alguns detalhes.

"Foi tudo muito chocante. Não imaginávamos que iríamos ver aquela cena. Não imaginávamos que aquilo estaria no celular. Quando pegamos o celular foi tudo muito chocante", disse a técnica de enfermagem. "Ele estava lá há dois meses e nos conhecemos durante as operações. Ele era reservado e não falava muita coisa", conta.

Na tarde de hoje o marido da segunda mulher, que teve gêmeos, e que foi atendida por Giovanni prestou depoimento na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti. Ele saiu sem falar com os jornalistas.

A primeira paciente do domingo também chegou na tarde desta quinta-feira, na Deam de São João, acompanhada de um advogado. Ela estava de capuz e não falou com a imprensa.

A titular da Deam, delegada Bárbara Lomba afirmou que não descarta pedir na Justiça que o anestesista seja obrigado a fazer um exame de HIV. A mulher que foi estuprada durante o parto e que teve o crime gravado tomou um coquetel anti-HIV, seguindo o protoloco para os casos de violência sexual. Ela foi liberada para amamentar o bebê nesta quinta-feira.

"Tudo pode ser requerido judicialmente. Essas medidas invasivas podem ser pedidas desde que justificadas para que se configure um possível crime. Claro, diante da possibilidade de um outro possível crime, que seria a transmissão de moléstia, poderia haver essa possibilidade. Só que nós temos como testar as vítimas. Me parece que esses profissionais de saúde têm que ser cadastrados caso eles tenham alguma doença Eu vou buscar esta informação. Vamos por partes. Tem que se estudar um pouquinho, mas eu não descarto o pedido", disse.

"Vamos aguardar a vítima do estupro. Falei com ela ontem e foi emocionante. Ela chorou comigo ao telefone. Ela está muito abalada psicologicamente, mas que tem condições da falar, prestar as declarações. Ela está bem, o filho está bem, voltou a amamentar agora, porque estava impossibilitada (por conta do coquetel). É um protocolo tomar o coquetel no caso de violência sexual. Eu a tranquilizei e disse que vamos terminar a investigação. Perguntei se ela estava bem, ela chorou, disse que o filho está bem", disse a delegada sobre a mulher que foi vítima do médico.

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