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terça-feira, 18 de junho de 2024

Papangu assassino: Empresário foi morto porque traficantes acharam que ele era informante da polícia

 

A morte de Rafael Gonçalves Elihimas — o empresário de 34 anos assassinado por um homem fantasiado de papangu no domingo de carnaval em Olinda — foi encomendada por uma facção criminosa que comandava o tráfico de drogas na área onde o crime aconteceu. Segundo o delegado responsável pelas investigações, os traficantes achavam que ele era informante da polícia.

De acordo com as investigações, a mesma quadrilha foi a responsável pela morte do produtor de brega funk José Otávio de Queiroga Maciel Júnior no ano passado (saiba mais abaixo).

Os detalhes sobre o caso foram divulgados nesta terça-feira (18). Em entrevista ao g1, o delegado Francisco Océlio, titular da 9ª Delegacia de Homicídios, disse que o posto de gasolina de Rafael, onde ele foi morto, era usado como ponto de apoio por policiais que investigavam a quadrilha da comunidade do V8, no bairro do Varadouro.

Segundo Océlio, nove pessoas estariam envolvidas no crime. Cinco foram presas, três estão foragidas e uma foi encontrada morta sete dias depois do assassinato.

"Havia ali perto [do posto] outro estabelecimento comercial, de fachada, que servia como ponto de venda de drogas [para os traficantes]. Eles [os policiais] compravam água, lanchavam, e Rafael chegou a dizer para os funcionários não cobrarem porque achava bom que a polícia ficasse lá. E quando a polícia começou a se concentrar ali, a dona do outro estabelecimento fechou porque não dava mais para vender droga com a polícia ali", contou o delegado.

De acordo com Francisco Océlio, o atirador, identificado como Glaucio Pereira dos Santos, de 24 anos, não fazia parte do grupo criminoso e falou em depoimento que foi contratado apenas para praticar aquele crime.

"Quando perguntamos qual foi a motivação, o 'papangu' disse que não contaram os detalhes porque só mandaram matar, mas disseram que o rapaz era um X9. É o cara que delata", explicou o delegado.

O mandante, identificado apenas como Egídio, de 38 anos, foi preso na semana passada no Rio de Janeiro. Segundo o delegado Francisco Océlio, ele era um dos "gerentes" da facção, junto com outro suspeito, conhecido como Balaquinha, que estava com Egídio na capital fluminense, mas conseguiu fugir.

"O 'papangu' disse que trabalha com transporte por aplicativo e que conheceu o mandante do crime durante uma corrida. Eles conversaram e acabaram se acertando", relatou Océlio.

O delegado contou ainda que o empresário não conhecia os traficantes e não imaginava que poderia ser alvo deles. "A vítima não tinha a menor preocupação de que aquilo aconteceria. Se ele estivesse passando informações para a polícia, ele não estaria com a guarda aberta", afirmou. (Via: G1 PE)

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