O Senado Federal discutiu, na segunda-feira (17), a utilização da técnica de assistolia fetal, um procedimento para interrupção da gravidez para casos de aborto legal acima de 22 semanas.
Durante o encontro, a contadora de histórias Nyedja Gennari foi convidada para fazer uma “apresentação teatral” na qual reproduziu as falas de um feto durante um aborto. Além, disso, durante o debate, houve a exposição de imagens de fetos e até a uma "encenação" de um aborto.
Após o ocorrido, durante uma coletiva, o senador Eduardo Girão (Novo, CE) defendeu apresentação de artista durante audiência sobre aborto no Senado. “Tem tudo a ver”.
“Essa artista, ela pode se expressar livremente, nós não estamos em uma ditadura, ainda”, defendeu Girão em coletiva após o evento. “Inclusive nós dialogamos sobre isso, passei mais ou menos o roteiro para ela do que seria. Ela já fez outras apresentações aqui”, diz ainda o senador, que destacou costume de apresentações do tipo em sessões da Casa.
“Quantas sessões o próprio presidente Pacheco já não presidiu com músicas, artistas”, continua Girão. Segundo parlamentares, o presidente do Senado teria se incomodado também com a ausência de contrapontos no debate promovido por Girão, que contou apenas com pontos de vista alinhados com o pensamento do senador do Novo.
Entenda a assistolia fetal
A assistolia fetal é um procedimento recomendado pela Organização Mundial da Saúde quando a gravidez é interrompida após mais de 22 semanas do início da gestação e consiste na injeção de cloreto de potássio para interromper os batimentos cardíacos do feto antes da sua retirada do útero.
Este procedimento era uma das opções para interrupção da gravidez nos três casos permitidos por lei no Brasil: estupro, feto anencéfalo ou quando há risco de vida para a mãe.
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