Pré-candidato do PSL à
Presidência da República, o deputado federal Jair Bolsonaro disse
nesta sexta-feira, 12, ser contra a reforma da Previdência e
adiantou que votará contra se a proposta de emenda constitucional for colocada
em votação na Câmara. Em entrevista ao jornal RedeTV News, da RedeTV, o parlamentar aproveitou ainda
para atacar o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD),
possível adversário na corrida pelo Palácio do Planalto na eleição deste ano.
“A economia só afundou com o Meirelles”, disse. Referindo-se
à reforma da Previdência, afirmou que, da forma como está, a “proposta do
Meirelles” não será aprovada e antecipou qual será seu posicionamento caso a
matéria seja encaminhada ao plenário. “Da forma proposta, não votarei
favorável”. Para justificar a posição, disse que não pode levar “miséria” aos
aposentados por exigência do mercado financeiro, que defende, em geral, as
mudanças nas regras das aposentadorias. Sobre os desequilíbrios previdenciários,
afirmou ser favorável a uma reforma mais enxuta, para ser complementada pelo
futuro governo.
Ao avaliar seus possíveis
adversários na eleição presidencial, Bolsonaro definiu Meirelles como um homem
da economia e lembrou que o ministro da Fazenda trabalhou para a JBS, do
empresário Joesley Batista, preso pela Polícia Federal. Também criticou o seu desempenho
no ministério. “O que esperar se é o homem da economia e a economia afundou?
Esperar o que dele? E ainda reclamam de mim, que eu não entendo de economia,
quem entende é ele”, provocou.
Ele disse considerar o presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM),
como um homem que “tem seu valor”, mas que, apesar de ter um grande número de
partidos a seu lado, encontrará dificuldade para ter o nome viabilizado
eleitoralmente. “Eu acho que esse pessoal do centro vai ter que esperar uns
quatro anos para tentar alguma coisa, com todo o respeito que tenho por eles.”
Não citou diretamente o
governador Geraldo Alckmin (PSDB),
mas classificou como ridícula a ideia do governador, também presidenciável, de
criar um ministério para a Segurança Pública. “Esses pré-candidatos são
parecidos. Eu sou diferente deles”, assinalou o deputado, que aparece na
segunda colocação nas pesquisas de intenção de voto.
Lula: Questionado sobre o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) líder nas pesquisas, mas que pode se tornar inelegível
caso tenha a condenação por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro
mantida em segunda instância, Bolsonaro garantiu não estar preocupado sobre
quem enfrentará no primeiro e segundo turnos. Apesar disso, reconheceu que será
beneficiado se o recurso apresentado pelo petista for negado no Tribunal
Regional Federal da 4.ª Região (TRF4).
“Tudo o que eu fiz e que estava
na minha alçada era para que ele fosse julgado, não posso assumir como
parlamentar a posição do Judiciário. Como cidadão, estou torcendo para que ele
seja condenado, não por mim, mas pelos crimes que cometeu”, afirmou. (Via: Estadão)
Blog: O Povo com a Notícia