Entre os meses de janeiro e abril de 2014, o Instituto Médico Legal (IML) de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, registrou 76 exames sexológicos feitos em pessoas que sofreram abusos sexuais, 58% a mais da quantidade de exames no mesmo período do ano anterior. Com o índice elevado de denúncias desse tipo de crime, médicos e auxiliares legistas do IML do município se preparam para dar maior agilidade ao resultado do exame sexológico das vítimas, que chegam a durar cerca de seis meses. Em 2013, o instituto registrou 48 exames. Este crescimento na procura pela análise, que tem por finalidade identificar o agressor, gerou a necessidade da celeridade no processo. Cerca de 40 pessoas que trabalham no IML e funcionários do Instituto de Criminalística, que fazem parte da Polícia Científica, receberam a especialização. As análises de identificação de material do agressor e da vítima faz parte da Genética Forense, que, segundo o supervisor do IML de Petrolina, Manoel Álvaro de Miranda, é um método que está esclarecendo muitos crimes. “Pelo material colhido da vítima, buscamos alguma secreção deixada pelo agressor que possa identificá-lo e com isso colocamos as informações do perfil do suspeito em um banco de dados. A comprovação vem logo em seguida com a coleta do material do próprio suspeito e comparação entre as duas informações”, explicou. O supervisor ressalta ainda que a qualificação dos profissionais pode, também, facilitar que um laboratório genético seja implantado no município. “Isso deve agilizar ainda mais o nosso trabalho. Apesar de acreditar que isso não é impossível, ainda não há uma previsão”, disse. (G1)
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