Prestes a se desincompatibilizar do governo de Pernambuco para dedicar-se à campanha presidencial, o governador Eduardo Campos (PSB) participou nesta terça-feira (1º) do lançamento do projeto Pernambuco 2035. Exaltando uma política baseada no planejamento e na visão de futuro, Eduardo costurou o discurso pregando o debate sem “rinhas políticas” ou “personalismo”. Na mesa estavam, lado a lado, o governador, o vice João Lyra e o pré-candidato ao governo do Estado, Paulo Câmara.
A proposta é construir um plano a longo prazo com projetos estratégicos e ações de investimento estruturadores. O trabalho será construído em cima de cinco eixos temáticos: educação e conhecimento, instituições de qualidade, qualidade de vida, prosperidade e coesão social.
Num clima de prestação de contas dos oito anos à frente do governo de Pernambuco, Eduardo voltou a alfinetar o governo federal e a exaltar a nova política. Ao relembrar momentos políticos históricos, como o fim da ditadura, o impeachment, as Diretas Já e o lançamento do Plano Real, o pré-candidato à presidência da República mencionou a importância de ter “coragem para mudar”.
“Todas as vezes que fizemos é porque tivemos a coragem de abandonar o velho jeito e fazer de um novo jeito, sem que isso represente negar a história ou negar o papel, mas, pelo contrário, é compreender que as circunstâncias mudam. Tem que se operar as mudanças sobre quem vai operar no território, no dia a dia”, afirmou Eduardo.
“É óbvio que tem cabeças que não funcionam assim, porque não acreditaram nisso, não fizeram isso e, obviamente, aprenderam de um outro jeito que não funciona para fazer acontecer o que é preciso”, disparou o pré-candidato, numa sutil alfinetada ao governo federal.
Ao questionar a elevada carga tributária e a burocracia dos órgãos públicos, Eduardo defendeu que o modelo posto está com a “forma vencida” e pregou a simplificação das elações. “A sociedade não pode perceber que é ela quem trabalha para o Estado, mas o Estado é quem trabalha pra ela”.
“A mudança [da sociedade] vai acontecer e quem quiser fazer parte [do governo] tem que perceber que as coisas mudaram ou então será mudado”, pontuou Eduardo Campos, em referência à postura do governo Dilma.
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