Agentes cumprem 60 mandados, sendo cinco deles de prisão preventiva.
A Polícia Federal (PF) investiga
a ligação entre o avião que caiu com o ex-governador de Pernambuco Eduardo
Campos, em agosto de 2014, em Santos (SP), e uma organização criminosa
acusada de movimentar mais de R$ 600 milhões e de realizar lavagem de dinheiro.
Os agentes da PF em Pernambuco deflagraram, nesta terça-feira (21), a Operação
Turbulência, que tem como objetivo desmontar o grupo que atua em Pernambuco e
em Goiás possui ligação até com a Operação Lava-Jato.
Duzentos policiais
federais estão cumprindo 60 mandados judiciais, sendo 33 de busca e apreensão,
22 de condução coercitiva e cinco de prisão preventiva. Também estão sendo
cumpridos mandados de indisponibilidade de contas e sequestro de embarcações,
aeronaves e helicópteros dos principais membros da organização criminosa.
Os mandados
judiciais da Operação Turbulência estão sendo cumpridos em 18 localidades em Pernambuco,
além do Aeroporto Internacional dos Guararapes Gilberto Freyre, na Zona Sul da
capital. Os agentes estiveram nos seguintes bairros do Recife:
Boa Viagem, Pina, Ibura e Imbiribeira (Zona Sul). Espinheiro, Alto Santa
Terezinha (Zona Norte), além de Cordeiro e Várzea (Zona Oeste). Também houve
ação nas cidades áreas diversas de Jaboatão dos Guararapes, Vitória de Santo
Antão, Paulista, Moreno e Lagoa de Itaenga.
Os presos e os
alvos conduzidos coercitivamente estão sendo levados para a sede da
Polícia Federal, no Cais do Apolo, na área central do Recife. Os envolvidos responderão
pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade
ideológica.
O
início: A investigação começou a partir da análise de movimentações financeiras
suspeitas detectadas nas contas de algumas empresas envolvidas na aquisição da
aeronave Cessna Citattion prefixo PR-AFA.
A PF constatou que
essas empresas eram de fachada, constituídas em nome de “laranjas”, e que
realizavam diversas transações entre si e com outras empresas fantasmas,
inclusive com algumas empresas investigadas no bojo da Operação Lava Jato.
Há suspeita de que
parte dos recursos que transitaram nas contas examinadas serviam para pagamento
de propina a políticos e formação de “caixa dois” de empreiteiras. O esquema
criminoso sob apuração encontrava-se ativo, no mínimo, desde o ano de 2010. (Via: G1 PE)
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