O Brasil pode ter mais dois partidos na eleição de 2018. Segundo o
Estadão, duas siglas podem conseguir o registro: o Partido da Igualdade (ID),
que defende a causa de pessoas com deficiência física, e o Muda Brasil (MB),
que é uma linha auxiliar do PR, e cujo processo está mais adiantado.
Se conseguirem o registro, as legendas dividirão com as já existentes o
equivalente a 5% do Fundo Partidário. Além disso, poderão receber deputados
federais, que levariam com eles o tempo de TV no horário eleitoral gratuito
equivalente aos votos recebidos por esses parlamentares.
Na semana passada, os autos do pedido de registro do Muda Brasil foram
encaminhados para a Secretaria Judiciária do TSE, com pedido do gabinete do
ministro Napoleão Nunes Maia, relator do caso, para que se proceda o início das
contagens das assinaturas de apoiadores. Pela atual legislação eleitoral, são
necessárias 460 mil assinaturas de apoiamentos em 14 Estados para um partido
ser considerado apto a receber o registro.
O MB conta com uma capilaridade de ação maior que o ID em função de uma
ação patrocinada pelo Partido da República. “Vários amigos e deputados do PR
estão ajudando na coleta de assinaturas. O Antonio Carlos Rodrigues (presidente
da sigla) é um deles. Me deram trânsito livre para conversar com pessoas do
partido”, afirmou José Renato da Silva, responsável pelo processo de criação do
MB.
Antes de começar a empreitada de criar um novo partido, Silva foi
secretário-geral do PR paulista e integrou a direção nacional do partido. Ele
só lamenta estar recebendo pouco apoio do ex-deputado Valdemar da Costa Neto,
que foi um dos condenados no mensalão, mas ainda mantém influência no PR.
“Valdemar tem credibilidade na política. A força dele no PR é enorme. Ele me
ajuda não atrapalhando”, disse Silva. Costa Neto não quis falar com o Estado.
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