Assista o vídeo:
Lula precisa atualizar sua
retórica. Em entrevista a uma rádio do Piauí, ele repetiu que duvida que tenha
um empresário capaz de dizer que pediu “cinco, dez centavos”. Lula disse isso
um dia depois de Marcelo Odebrecht ter confirmado ao juiz Sérgio Moro que ele é
o “Amigo” mencionado nas planilhas de propinas da empreiteira. Segundo
Odebrecht, Lula teria recebido não “dez centavos”, mas R$ 13 milhões em
dinheiro vivo. Lula finge não perceber, mas sua situação penal está mudando de
patamar.
Até aqui, a defesa de Lula parece priorizar mais a desqualificação dos
investigadores e do que a qualificação do investigado. Essa tática revelou-se
um fiasco. De figura imaculada, que nunca sabia de nada do que se passava sob
suas barbas, Lula tornou-se um cliente de caderneta do Judiciário, um
colecionador de ações penais. Já frequenta o banco dos réus em cinco processos.
Na entrevista desta terça-feira, Lula voltou a fazer pose de
presidenciável. “Se for necessário”, está disposto a fazer ao país o favor de
ser candidato à Presidência novamente. O problema é que sua candidatura já não
depende só dele. Na hipótese de ser condenado na primeira e na segunda
instância do Judiciário, Lula estará mais próximo da cadeia do que das urnas.
Lula chamou de “canalhas” os responsáveis pelos vazamentos “mentirosos” a
seu respeito. Deixou no ar uma interrogação: por que não xinga Marcelo
Odebrecht? Por que não anuncia a abertura de um processo contra o empresário
por calúnia e difamação? Alguém precisa avisar a Lula que atacar a radiografia
não cura a doença.
Blog: O Povo com a Notícia
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