Na
contramão do Supremo Tribunal Federal, que julgou inconstitucional a paralisação de
servidores das áreas relacionadas à segurança pública, policiais federais de
todo país decidiram nesta quarta-feira entrar em “estado de greve”. A Fenapf,
Federação Nacional dos Policiais Federais, atribui o movimento à contrariedade dos agentes
federais com a reforma da Previdência.
Os policiais se opõem à reforma que Michel
Temer considera prioritária porque o projeto elimina o critério de “atividade
de risco” que lhes permite requerer a aposentadoria após 30 anos de tempo de
serviço para os homens e 25 anos para as mulheres. “O governo está encontrando
dificuldades para aprovar o texto em primeiro turno, junto aos congressistas”,
disse Luís Boudens, presidente da Fenapf. “É hora de nos unirmos, esquecermos
as diferenças e qualquer outra pauta divergente.”
Os agentes da Polícia Federal programaram para
18 de abril um ato simbólico de entrega das armas e dos coletes. A Câmara
programou para esse dia a leitura do relatório final sobre o projeto de reforma
da Previdência.
Ironia suprema: a decisão do Supremo que
proibiu a greve de servidores da segurança foi tomada a partir de um voto do
ministro Alexandre de Moraes. Logo ele que, antes de ser indicado por Temer
para o Supremo, comandava o Ministério da Justiça, pasta de cujo organograma
pende o Departamento de Polícia Federal. (Via: Blog do Josias de Souza)
Blog: O Povo com a Notícia
