Devido à falta de previsão
orçamentária, o governo não liberou até agora os R$ 2 bilhões prometidos para
dezembro a prefeitos de todo o país. O dinheiro foi usado como barganha pelo
Planalto para negociar e pressionar deputados a votar a favor da reforma da Previdência.
De
acordo com a CNM (Confederação Nacional de Municípios), houve resistência da
equipe econômica em liberar os recursos sem a indicação de contrapartida do
lado das receitas.
Para
sinalizar a intenção de cumprir a promessa, o Palácio do Planalto editou uma
medida provisória no fim do ano passado autorizando a transferência aos
municípios. Mas ainda será preciso enviar um projeto de lei ao Congresso para
dizer qual será a origem dos R$ 2 bilhões.
Governo
federal e prefeitos esperam que a situação esteja resolvida, no máximo, até o
início de março. O Congresso retoma os trabalhos no começo de fevereiro.
Apesar
de negar relação entre a liberação dos recursos e o apoio às mudanças na
Previdência, o presidente da CNM (Confederação Nacional de Municípios), Paulo
Ziulkoski, reconhece que pode haver uma mobilização contra a reforma.
"Foi
quase uma rasteira que nos deram. Foi tudo confirmado e reconfirmado em
audiência com o próprio presidente [Michel Temer]. A revolta é muito grande. Os
prefeitos estão extremamente indignados. O ambiente está muito hostil em
relação à União", disse Ziulkoski, que mantém discurso a favor da reforma.
"Se os parlamentares não nos acompanharem, vamos ter que tomar medida mais
radical no processo eleitoral", disse o presidente da CNM. (Via: Blog do Magno)
Blog: O Povo com a Notícia