“Sou deputado, sou rico, aí vai morrer
gente, a gente mata gente”, disse Fábio Macedo (PDT-MA), da Assembleia
Legislativa do Maranhão, a um policial, enquanto era detido nesta sexta-feira
(08), por suposto desacato e lesão corporal. Ele foi conduzido à Central de
Flagrantes de Teresina após jogar um copo de vidro no rosto de um músico e de
agredir um sargento da PM, segundo afirma a Polícia. Após a ocorrência, foi
liberado. Ele deve ser ouvido novamente pelo Ministério Público Estadual do
Piauí e a ameaça será investigada.
O
deputado foi a uma casa de shows em Teresina, e teria tentado tomar o microfone
de um dos integrantes da banda Léo Cachorrão, que resistiu. Mais tarde, ele
teria atirado o copo contra o músico. Ele foi gravado em áudio e vídeo enquanto
era conduzido pela Polícia Militar. “Prenda! Prenda!”, gritava para os
policiais. “Eu sou um homem do povo, só sirvo o povo, sou um deputado reeleito.
Se vocês acham que eu fiz alguma coisa, então prenda”, ordena o deputado,
flagrado em vídeo.
Em um
áudio, o deputado diz a um policial. “Sou deputado, sou rico, aí vai morrer
gente, a gente mata gente. Vocês são polícia, né? A gente mata gente”.
Policial: “Eu não entendi o que está querendo dizer. Vocês mandam
matar gente, é?
Deputado: “Sabe quem é Léo Macedo? Só de fama?”
Policial: “Qual é o nome do senhor?”
Deputado: “Fábio Macedo. “Eu sou estadual. Reeleito! Eu não fiz nada”.
Em seguida, ele ameaça o próprio músico que se lesionou.
Testemunha: “Rapaz, eu tô aqui lesionado, cara.
Eu sou testemunha que você lesionou
Deputado: “Seja sincero”.
Testemunha: “Eu estou sendo sincero, eu te convidei para ir para a central”.
Deputado: “Você grita agora, você tá com um policial, mas eu também te pego”
Testemunha: “Mas tu não é autoridade”
Deputado: “Mas eu sou, eu sou marqueteiro, sou deputado, e sou rico e vou mandar te matar, vagabundo, vou te pegar. Eu te mato, eu sou deputado Macedo. Eu te mato”.
O
secretário de Segurança Pública de Piauí, coronel Rubens Pereira, afirma ter
recebido uma ligação do presidente da Assembleia do Maranhão, Othelino Neto (PC
do B), que pediu desculpas em nome da Casa. “Adotamos os procedimentos que a
lei nos permite como a qualquer outro cidadão, sem distinção ou privilégio ou
retaliação em função do cargo que ele ocupa”.
“De
nossa parte e dos policiais do Piauí, nenhum ressentimento ou mau juízo dos que
honrosamente integram o Parlamento maranhense”, diz o secretário.
Após
levar o deputado, a polícia lavrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência, que
é feito em casos de crimes cujas penas máximas não ultrapassem dois anos. O
deputado ainda pode ser alvo de inquérito relacionado à ameaça. Com informações
do Jornal O Estado de S.Paulo.
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