O movimento Vem Pra Rua marcou
para o próximo domingo (7) um protesto pela permissão para a prisão após a
condenação em segunda instância e para pedir a tramitação e a aprovação
imediata do pacote anticrime apresentado pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Além disso, o grupo defenderá na manifestação o impeachment do ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. O ato será na Avenida Boa Viagem,
na Zona Sul do Recife, a partir das 14h.
O movimento acusa Gilmar Mendes de ter “se mostrado o inimigo público
número um do Brasil” e reivindica que o Senado Federal analise o pedido de
impeachment apresentado pelo advogado Modesto Carvalhosa no último dia 14.
O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), descartou dar andamento a
pedidos como esse e disse que o foco é a reforma da Previdência.
“A Corte Suprema está contaminada por ligações partidárias, fisiológicas e
ideológicas que comprometem a imparcialidade de alguns de seus ministros e
consequentemente a sua legitimidade”, afirma o Vem Pra Rua no comunicado sobre
o protesto.
O grupo afirma ainda que há integrantes do STF “tentando acabar com a
Operação Lava Jato”.
Há dez dias, foram realizados protestos contra a decisão da Corte de que crimes como corrupção e
lavagem devem ser julgados na Justiça Eleitoral se
estiverem relacionados a caixa dois de campanha.
Os ministros discutiram a questão através de um inquérito envolvendo o
ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (DEM) e o deputado federal Pedro
Paulo (DEM-RJ), que apura indícios de caixa dois, corrupção, lavagem e evasão
de divisas. Com o entendimento da maioria, a investigação será encaminhada para
à Justiça Eleitoral no Rio de Janeiro.
Pacote
anticrime
A tramitação do pacote anticrime de Moro foi alvo de polêmica na semana
passada. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se irritou por ter
sido procurado por Moro, que considerou que o pacote poderia tramitar ao mesmo
tempo que a reforma da Previdência na Casa. Maia, porém, quer dar preferência
às mudanças nas regras de aposentadoria. De acordo com a Folha de S.
Paulo, Moro enviou mensagem durante a madrugada cobrando celeridade na
tramitação do pacote.
Nessa terça-feira (26), porém, Maia acenou para Moro e afirmou
publicamente que existe uma possibilidade de o projeto de lei ser votado ainda
no primeiro semestre. Internamente, no entanto, o indicativo na Câmara é que a
base será o projeto proposto pela comissão de juristas encabeçada pelo ministro
do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. (Via: Blog do Jamildo)
Blog: O Povo com a Notícia