Pela primeira vez este ano, a chikungunya
ultrapassa a curva de número de casos de adoecimento em comparação com o mesmo
período do ano passado em Pernambuco, segundo boletim epidemiológico da
Secretaria Estadual de Saúde (SES), que considera dados até o último dia 23,
quando foram notificados 736 casos de pessoas que apresentaram sintomas da
doença em 70 municípios, o que corresponde a um aumento de 1,2 % em relação ao
mesmo período de 2018. Assim como tem acontecido com a dengue, os casos de
chikungunya têm aumentado fora do esperado no Sertão, especialmente na Regional
de Salgueiro, que congrega outros seis municípios: Belém do São Francisco,
Cedro, Mirandiba, Serrita, Terra Nova e Verdejante.
Na
localidade, a variação de chikungunya, entre 2018 e este ano, foi de 441%. Dos
736 casos suspeitos, 11 foram confirmados nas cidades de Ipojuca, Jaboatão dos
Guararapes, Palmares, Tamandaré, Santa Cruz do Capibaribe e Garanhuns. Outros
167 foram descartados, e 558 permanecem em investigação.
Para
controlar o número de adoecimentos, técnicos e gestores da SES visitaram a
região esta semana. “Estamos percebendo um aumento no número de notificações de
arboviroses no Sertão pernambucano, região que não apresentou tantos casos nos
anos anteriores e que, por isso, está com a população mais suscetível.
Reforçamos a importância de os serviços de saúde identificarem precocemente
casos suspeitos e ofertarem o tratamento. Isso é essencial para evitar casos
graves e óbitos”, afirma a gerente do Programa de Controle das Arboviroses da SES,
Claudenice Pontes.
O
balanço da SES também revela que este ano 53 mulheres grávidas foram
notificadas com suspeita de arboviroses por apresentarem manchas vermelhas na
pele. Entre elas, cinco tiveram diagnóstico laboratorial positivo para dengue.
Além disso, o Estado contabiliza 14 mortes suspeitas por dengue, chikungunya e
zika, como no mesmo período de 2018.
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