A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta sexta-feira
(3) a realização de testes da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida
pela empresa chinesa Sinovac. O pedido de liberação, feito pelo Instituto
Butantan, foi anunciado pelo governador de São Paulo, João Doria, no dia 11 de junho. Em nota, a Anvisa diz que
os testes devem ser desenvolvidos em diferentes locais do Brasil.
A vacina CoronaVac, produzida a
partir de cepas inativadas do novo coronavírus, está na terceira fase de
testes, quando a vacina já pode ser administrada a um número maior de pessoas.
O estudo clínico envolverá 9 mil voluntários distribuídos nos estados de São
Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, além do Distrito Federal.
Parte delas receberá a vacina e outro grupo deve receber um placebo, sem
efeito. O objetivo é verificar se há o estímulo à produção de anticorpos para
proteção contra o vírus.
A Anvisa afirma que os estudos da primeira e segunda fases, realizados em
humanos saudáveis e em animais, mostraram segurança e capacidade de provocar
resposta imune "favoráveis".
Na segunda-feira, 29, o Instituto Butantan disse que, após o aval da
Anvisa, o programa de testagem ainda terá de passar por um conselho ético que
vai validar a metodologia da testagem em humanos. Segundo a assessoria do
instituto, a validação poderá ser feita pelo Comissão Nacional de Ética em
Pesquisa (Conep), ligada ao Ministério da Saúde, ou pela Comissão de Ética para
Análise de Projetos de Pesquisa (CAPPesq), que é vinculada à Secretaria
Estadual da Saúde.
O custo da testagem é estimado em R$ 85 milhões e prevê a transferência de
tecnologia para que a vacina chinesa possa ser produzida no Brasil. Esta é a
segunda vacina a receber autorização para testes no País. Em junho, a Anvisa
liberou a realização de ensaios clínicos de uma vacina produzida na
Universidade de Oxford, na Inglaterra.
Blog: O Povo com a Notícia