Reduto petista, desde o mandato
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Nordeste vem se mostrando cada
vez menos resistente ao nome do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). De acordo
com uma pesquisa exclusiva feita a VEJA pelo instituto Paraná Pesquisas, entre
os dias 18 e 21 de julho, a região é que a que menos aprova o atual governo.
Contudo, houve um salto no número de nordestinos que dizem aprovar a gestão
federal, em relação ao levantamento anterior, feito entre 27 e 29 de
abril.
Há três meses, 30,3% da população do Nordeste dizia aprovar o governo,
número que passou a 39,4% em julho, um avanço de 9,1 pontos porcentuais. Entre
os que responderam que desaprovam o governo Bolsonaro, a proporção passou de
66,1% para 56,8%, recuo de 9,3 pontos.
Assim, as variações na região foram superiores às da média em âmbito
nacional, em que a aprovação foi de 44% para 47,1% e a desaprovação, de 51,7% a
48,1%. A margem de erro da pesquisa em relação ao Nordeste é de 4,5 pontos
porcentuais, para mais ou para menos.
Em termos eleitorais, o levantamento mostra que Bolsonaro ganhou
preferência em todos os cenários testados de primeiro turno, mas ainda assim
fica distante de Lula. No cenário que tem o petista entre os candidatos, Lula
marca 34,1% da preferência no Nordeste (eram 38,4% em abril) e Bolsonaro tem
18,7% (eram 16,6%).
No cenário mais provável, em que o candidato do PT é Haddad e o
ex-ministro Sergio Moro também está no páreo, o presidente aparece
numericamente à frente, com 21,6% das intenções de voto (avanço de 4 pontos em
relação a abril), enquanto o petista varia 0,5 ponto para cima e tem 20,3%. Os
dois estão empatados tecnicamente com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), cuja base
eleitoral é o Ceará, que caiu dois pontos e tem 18,7% da preferência. Moro
recuou 2,7 pontos e tem 11,5%.
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