A coqueluche, doença infecciosa aguda de transmissão respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis e que acomete em sua maioria crianças menores de um ano de idade, apresentou aumento de 27% nos casos confirmados em Pernambuco.
Enquanto no ano de 2018 foram registradas 405 ocorrências; em 2019 foram 517 confirmações. Do total de casos para 2019, 276 ocorreram em bebês menores de um ano, o que corresponde a 53% das confirmações. Crianças entre um e quatro anos de idade correspondem a segunda faixa etária mais acometida pela doença, com 118 confirmações.
Para estimular a imunidade à doença, a medida de prevenção mais eficaz ainda é a vacinação. Para isso, a criança deve seguir o esquema vacinal infantil e ter as aplicações do imunizante garantidas. A pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae do tipo B e hepatite B, deve ser feita em três doses, aos dois, quatro e seis meses de vida. O primeiro reforço deve acontecer com a vacina tríplice bacteriana (DTP), que protege contra difteria, tétano e coqueluche – aos 15 meses de vida – e o segundo reforço, para que se complete a imunização, aos quatro anos.
“A imunidade adquirida pela doença por meio da vacina é duradoura, mas não é permanente. Assim, crianças maiores, jovens e adolescentes, além dos adultos, também podem adoecer e transmitir a doença para crianças menores de um ano, que desenvolvem a forma mais grave, por isso a importância de garantir as doses para evitar o adoecimento do público infantil, sempre mais vulnerável”, afirma a médica infectologista do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Analiria Pimentel.
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